Folha de S. Paulo


Pão de Açúcar tem prejuízo de R$ 583 milhões no segundo trimestre

Eduardo Knapp - 24.abr.2015/Folhapress
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Grupo Pão de Açúcar tem prejuízo de R$583 mi no 2º trimestre

O Grupo Pão de Açúcar teve prejuízo de R$ 583 milhões no segundo trimestre, ampliando resultado negativo de R$ 13 milhões registrado para o mesmo período do ano passado, informou a maior rede de varejo do país nesta quinta-feira (28).

O resultado atribuível aos acionistas controladores foi de prejuízo de R$ 276 milhões, revertendo lucro de R$ 66 milhões no segundo trimestre de 2015.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 59% frente ao segundo trimestre de 2015, para R$ 279 milhões. Em termos ajustados, a geração de caixa recuou 1%, a R$ 760 milhões.

O GPA havia divulgado mais cedo neste mês receita líquida consolidada de R$ 16,7 bilhões no segundo trimestre, alta de 5% na comparação anual, bem como alta de 3,2% na receita líquida no conceito "mesmas lojas".

Na véspera, a empresa do grupo focada em móveis e eletrodomésticos, a Via Varejo, divulgou aumento no prejuízo do período para R$ 89 milhões.

O presidente-executivo do GPA, Ronaldo Iabrudi, disse que as vendas do grupo ainda estão crescendo em ritmo mais lento que a inflação e mais ajustes finos na companhia serão necessários para recuperar as vendas e as margens.

O executivo comentou ainda, durante teleconferência com analistas, que a empresa manterá uma postura defensiva em todas as suas unidades de negócios, diante do cenário desafiador da economia.

FUNCIONÁRIOS E LOJAS

O GPA terminou o semestre com 137 mil funcionários no país, distribuídos entre as bandeiras Pão de Açúcar, Extra, Assaí, Ponto Frio e Casas Bahia. No final de março, a força de trabalho da empresa era de 139 mil pessoas. Um ano antes, o número era de 151 mil.

No segundo trimestre, o grupo fechou 22 lojas e abriu 9. Dos fechamentos, a maior parte, 17, ocorreu na área alimentar. Com isso, a empresa encerrou o primeiro semestre com uma base de 2.113 lojas, ante 2.182 no mesmo período do ano passado.

Apesar dos fechamentos, as despesas gerais e administrativas do grupo subiram 15,6% sobre o segundo trimestre do ano passado, enquanto as despesas com vendas tiveram alta de 11,3% na mesma comparação.


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