Folha de S. Paulo


Economia britânica ganhou velocidade no 2º trimestre, antes do 'brexit'

A economia do Reino Unido ganhou força no segundo trimestre, impulsionada pela maior retomada na produção industrial desde 1999. No final desse trimestre, o país decidiu deixar a União Europeia.

Entretanto, poucos nos mercados financeiros esperam que o ritmo de crescimento perdure no segundo semestre do ano, com a maioria dos economistas dizendo que a economia corre o risco de recessão após o país ter votado por deixar a União Europeia.

O PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre superou as expectativas ao crescer 0,6%, contra 0,4% nos três primeiros meses do ano, informou a Agência Nacional de Estatísticas.

O PIB nos três meses até junho foi 2,2% maior do que um ano antes, o crescimento anual mais forte em um ano e que superou a expectativa de que permaneceria 2,0%.

A produção nos três meses até junho foi 2,2% maior que no ano anterior, o maior crescimento anual em um ano e que superou a previsão de que ele se manteria estável em 2,0%.

No entanto, muita coisa mudou devido ao referendo. "O colapso em todas as pesquisas de atividade e de confiança feitas desde o referendo sugerem que o PIB está a caminho de contrair no terceiro trimestre", disse o economista-chefe do Pantheon Macroeconomia, Samuel Tombs.

O ministro das Finanças, Philip Hammond, disse novamente após os dados que o governo tem as ferramentas para sustentar a economia, conforme ela entra em um "período de adaptação" com a preparação para deixar a UE.

"Junto com o banco central britânico, este governo vai tomar qualquer ação necessária", disse ele.

A melhora do crescimento econômico no segundo trimestre refletiu a forte produção industrial, serviços e construção em abril, o que se dissipou em maio e junho.


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