Folha de S. Paulo


Brasileiros também podem pedir troca de skate elétrico por risco de explosão

Nesta semana, a CPSC (agência de defesa dos consumidores dos EUA) anunciou um recall de mais de 500 mil hoverboards, skates elétricos que parecem ter surgido do filme de "De Volta para o Futuro 2" e viraram febre desde o ano passado –além de causarem preocupações tanto por acidentes quanto por risco de explosões, o motivo da retirada dos produtos do mercado.

Consumidores brasileiros que tenham comprado o brinquedo, que tem venda muito limitada ainda a importadoras e lojas on-line, também têm direito de receber o dinheiro de volta ou à troca do produto. Neste caso, a responsável por fazer a troca é a loja.

Segundo a Proteste e o Idec, se o cliente comprou o produto por meio de importadora, ela é responsável pelo reparo ou ressarcimento e deve ser procurada. No caso de sites internacionais, esse direito vale se a empresa tiver uma operação ou ao menos uma filial no Brasil. Caso contrário, não.

São dez as marcas envolvidas no recall (veja a lista aqui), com destaque para a Swagway, também oferecida no Brasil, responsável por mais da metade das unidades envolvidas (267 mil, do modelo Swagway X1).

As baterias desses skates causam preocupação desde o ano passado. De acordo com a CPSC, houve ao menos 99 relatos de esses componentes sofrerem superaquecimento, incêndios e explosões.

Essa preocupação com segurança, entre outros motivos, fez com que grandes redes de varejo decidissem não vender o produto –no Brasil, a distribuição ainda é bastante limitada a sites como o MercadoLivre, por preços entre R$ 800 e R$ 20 mil.

A Amazon só voltou a oferecer o aparelho no mês passado, depois que o UL, um grupo independente de testes, criou uma certificação de segurança (nos anúncios, os skates aparecem como "certificados").

Aparentemente, o problema vem sendo gradualmente resolvido. Rafael Franco, que vende hoverboards em um box de uma galeria na região da avenida Paulista, em São Paulo, diz que até abril era muito comum que clientes voltassem à loja pedindo a troca da bateria, que esquentava muito e durava pouco. Depois, isso foi diminuindo.

Ainda assim, certas restrições permanecem. Grandes companhias como a American Airlines, Avianca, Iberia, KLM e Lufthansa proíbem que o usuário carregue o hoverboard na bagagem de mão –essa é uma recomendação da IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo).


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