Folha de S. Paulo


Santander tem interesse em ativos do Citibank no Brasil, diz presidente

Susana Vera/Reuters
Ana Botín, presidente do Santander, diz que banco tem interesse em ativos do Citibank no Brasil
Ana Botín, presidente do Santander, diz que banco tem interesse em ativos do Citibank no Brasil

A presidente mundial do Banco Santander, Ana Botín, afirmou que o banco está interessado na compra dos ativos do Citibank no Brasil, mas que "não tem de comprar" para garantir competitividade no país.

O banco americano colocou à venda sua divisão de varejo no Brasil, Argentina e Colômbia. Itaú, Safra e Santander estão na disputa pela rede americana no Brasil.

"Temos o interesse e a obrigação de analisar todas as oportunidades. No ano passado, não obtivemos êxito [na disputa pelo HSBC no Brasil]. Esta seria uma aquisição add on [para agregar valor]. Já temos massa crítica nos países da América Latina para competir e não temos de comprar [o Citibank] para continuar crescendo."

As declarações foram dadas durante a abertura do XV Encontro Santander, evento que o banco promove uma vez por ano.

O Santander teria feito oferta pela divisão do Citibank na Argentina e no Brasil, onde a rede conta com 71 agências. A operação comercial no país registra prejuízos e, por isso, a matriz do banco americano decidiu colocá-la à venda.

PERSPECTIVAS

A banqueira disse ainda que o Santander colocou à disposição da America Latina US$ 11 bilhões para financiamentos de longo prazo para os próximos três anos. Ela espera que o Brasil recupere a liderança do grupo em 2017 na participação do resultado (lucro líquido). Isso deverá acontecer devido à valorização do real e pela desvalorização da libra.

Hoje, o Reino Unido responde por 23% da participação dos resultados (lucro). O Brasil aparece em segundo lugar, com 18%, à frente da Espanha (15%). Em 2015, o peso do Brasil era de 21%, à frente do Reino Unido (20%).

Para isso, Botín considera que o país precisa implementar as reformas econômicas anunciadas. "O importante no Brasil e na Argentina é barrar a inflação."

*O repórter viajou a convite do Santander


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