Folha de S. Paulo


Conta de luz cai 7,3% para moradores de São Paulo e da região metropolitana

A conta de luz vai ficar mais barata a partir desta segunda-feira (4) para os moradores da capital paulista e de outros 23 municípios da região metropolitana. Ao todo, serão beneficiadas 6,9 milhões de casas e empresas atendidas pela AES Eletropaulo.

A redução média será de 7,3% para casas e comércios. Uma conta de R$ 50, por exemplo, deve ficar R$ 3,65 mais barata.

Energia
Geração renovável representa 17% da matriz

Para as indústrias e grandes consumidores, a queda deve ser de 9,74%.

A mudança faz parte da revisão tarifária, feita anualmente pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Segundo o relator da proposta, o diretor da Aneel André Pepitone, o custo de compra de energia caiu 6,42%, e o valor total dos encargos do setor recuou 8,89%, na comparação com os valores no ano anterior.

O reajuste das tarifas de energia elétrica é calculado com base na variação de custos associados à prestação do serviço. O cálculo leva em conta a aquisição e a transmissão de energia elétrica, bem como os encargos do setor. Os custos típicos da atividade de distribuição de energia são atualizados com base no IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado).

BANDEIRA VERDE: SEM TAXA ADICIONAL

Na semana passada, a diretoria da Aneel havia decidido manter a bandeira tarifária verde para julho. Isso significa que não será cobrada taxa extra na conta de luz.

Desde janeiro de 2015, as contas passaram a ter uma cobrança extra, chamada de bandeira vermelha, para compensar gastos mais altos para gerar energia. Nos últimos meses, essa bandeira foi mudando de cor:

  • Até janeiro deste ano, a bandeira era vermelha e a taxa extra era de R$ 4,50 para cada 100 kWh consumidos;
  • Em fevereiro, passou para bandeira "rosa" e a taxa caiu para R$ 3 para cada 100 kWh;
  • Em março, a bandeira mudou para amarela e a taxa caiu para R$ 1,50 a cada 100 kWh;
  • Em abril, entrou em vigor a bandeira verde e a taxa extra deixou de ser cobrada.
  • A taxa deixou de ser cobrada em abril depois que o governo federal autorizou o desligamento de usinas termelétricas, mais caras, devido à melhora na situação dos reservatórios das hidrelétricas.

POUCA CHUVA, CONTA MAIS CARA

Quando há pouca chuva, o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas cai, o que diminui a produção de energia. Para compensar essa queda, o governo manda acionar usinas termelétricas, a carvão, que são mais caras. Foi o que aconteceu no país desde 2013.

Foi criada, então, a bandeira vermelha, essa cobrança extra na conta de luz para bancar esses custos maiores na produção de energia.

Neste ano, a situação melhorou: choveu mais e subiu o volume dos reservatórios das hidrelétricas. Além disso, o consumo das famílias e indústrias caiu, e novas usinas começaram a funcionar.

Mesmo assim, a Aneel pede que os consumidores façam o uso eficiente de energia elétrica e combatam os desperdícios.


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