Folha de S. Paulo


Transpetro confirma cancelamento de contratos para construção de navios

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Navio José Alencar, da Transpetro
Navio José Alencar, da Transpetro

A Transpetro, subsidiária da Petrobras para a área de transportes, confirmou nesta terça-feira (28) o cancelamento de contratos assinados com o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) para a construção de sete navios, que custariam US$ 1,223 bilhão.

A Folha antecipou nesta terça que a empresa estava finalizando a renegociação dos contratos, que fazem parte do programa de renovação da frota coordenado pelo ex-presidente Sergio Machado, delator da Lava Jato.

Em nota oficial divulgada nesta terça, a Transpetro diz que foram cancelados os contratos para a construção de sete navios de posicionamento dinâmico, que seriam utilizados para o escoamento de petróleo das plataformas em alto-mar.

Foram mantidos os contratos para a construção de outras oito embarcações. Três delas já estão com obras iniciadas e outras cinco começarão em breve, informou a empresa. O atual cronograma prevê a entrega das embarcações até o fim de 2019.

A Transpetro informou que o acordo encerra todas as pendências contratuais existentes com o estaleiro, que está atrasado com relação ao cronograma original, que previa a entrega de todas as 22 embarcações contratadas até 2016.

O Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) da companhia contratou a construção de 47 embarcações. Deste total, 14 foram já entregues e 13 tiveram os contratos cancelados por dificuldades durante as obras. Com o novo cancelamento, o número total de embarcações do programa cai para 27.

Em resposta à Folha na semana passada, a empresa diz que estuda alternativas para retomar a construção de três navios que estão inacabados no cais do estaleiro Mauá, em Niterói (RJ). Os contratos foram cancelados depois que o estaleiro fechou as portas alegando falta de dinheiro para concluir as obras.

No início de julho, a suspensão das obras completa um ano.

O Promef contratou ainda 20 comboios hidroviários para o transporte de etanol com o Estaleiro Rio Tietê, em Araçatuba. Três foram entregues e o quarto está sendo finalizado. Os 16 contratos restantes estão suspensos.

Em seu balanço do ano passado, a subsidiária da Petrobras informa que já gastou R$ 5,5 bilhões com a compra dos navios.


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