Folha de S. Paulo


BC de Bangladesh fecha investigação de empresa dos EUA sobre ação hacker

Ashikur Rahman/Reuters
Pedestres passam em frente ao prédio do banco central de Bangladesh
Pedestres passam em frente ao prédio do banco central de Bangladesh

O banco central de Bangladesh encerrou um contrato com a empresa americana de cibersegurança FireEye para investigar o roubo de US$ 81 milhões em recursos do país ocorrido em fevereiro, e recusou uma proposta para prorrogação do contrato, afirmou uma autoridade nesta segunda-feira (27).

Mais de quatro meses depois que hackers invadiram sistemas de computadores do Banco de Bangladesh e transferiram dinheiro que estava em contas no Federal Reserve de Nova York, investigadores em Bangladesh e nos Estados Unidos ainda tentam identificá-los.

A divisão Mandiant da FireEye tinha pedido mais 570 horas de trabalho adicional para completar a investigação sobre o maior roubo digital da história, disseram fontes da autoridade monetária anteriormente.

Na semana passada, porém, o conselho do Banco de Bangladesh ratificou decisão anterior de não prorrogar a validade do contrato com a Mandiant, disse nesta segunda-feira Jamaluddin Ahmed, um diretor no banco central do país.

"Foi uma decisão unânime", disse ele, acrescentando que o banco central tinha decidido tomar ações próprias para melhorar a segurança de seus computadores.

Fontes no banco central afirmaram à Reuters na semana passada que o preço do contrato com a Mandiant foi um dos fatores para encerramento dos serviços da empresa americana. As fontes afirmaram que a Mandiant recebeu cerca de US$ 280 mil por cerca de 700 horas de trabalho.

Um porta-voz da Mandiant afirmou que a empresa forneceu ao Banco de Bangladesh e à comunidade financeira global grande volume de dados sobre o ataque.


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