Folha de S. Paulo


'Oi vai ser uma grande tele nacional', disse Lula em 2010; veja outras frases

Nacho Doce/Reuters
Logotipo da Oi dentro de shopping no centro da cidade de São Paulo
Logotipo da Oi dentro de shopping no centro da cidade de São Paulo

Em julho de 2010, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmava que a Oi seria uma grande empresa de telecomunicações nacional. Quase seis anos depois, a operadora deu entrada no pedido de recuperação judicial, com uma dívida total de R$ 65,4 bilhões. Caso seja aceito, será o maior da história.

O fracasso praticamente enterra os planos de criar uma grande campeã nacional de telecomunicações.

Confira abaixo frases e declarações que projetavam um futuro muito mais próspero para a Oi e também para o setor de telecomunicações após os leilões de privatização, em 1998.

LULA
28.jul.2010

"Sobre o fato da Portugal Telecom ter decidido participar da Oi, só posso dizer que a Oi continuará sendo brasileira da Silva (...) Vai sair uma grande tele nacional, eu espero", disse o presidente.

Christophe Simon - 11.abr.16/AFP
Lula durante manifestação no Rio em apoio a Dilma
Lula durante manifestação no Rio em apoio a Dilma

FHC
27.jul.1998

Pessoas contrárias à privatização do Sistema Telebrás são "retrógradas, que pensam que o Brasil ainda está em 1950".

30.jul.1998

"Essa guerrilha política não prosperou por meio dessas liminares infinitas e sem nenhuma base objetiva", disse FHC, sobre setores contrários à venda da Telebrás que tentaram por meio de liminares suspender o leilão.

Houve uma "tentativa de utilização da Justiça como instrumento de luta" contra a decisão de privatização da Telebrás, tomada pelo Congresso. "A privatização é um processo aprovado pelo Legislativo e as decisões são do Executivo. A responsabilidade é do Executivo."

Giovanni Bello - 19.mai.2016/Folhapress
Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em entrevista em maio de 2016
Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em entrevista em maio de 2016

LUCIANO COUTINHO, EX-PRESIDENTE DO BNDES

25.abr.2008

"A reestruturação societária será decisiva para a prevista consolidação de duas operadoras, a Oi e a Brasil Telecom, que resultará na criação de um grupo com escala eficiente, estratégia empresarial alinhada, com capacidade de crescimento e porte para competir internacionalmente no setor de telecomunicações", disse o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, por meio de nota.

29.abr.2008

"Considerando o mercado competitivo e a economia aberta à competição global, é perfeitamente desejável que Brasil tenha sistema empresarial de capital nacional forte. E é desejável que a política apoie as empresas brasileiras e elas possam mostrar sua competência".

"Não há política nacionalista como objetivo porque o BNDES não fará operações que não tenham consistência empresarial. Se houver isso, e se o país tem empresas de capital nacional que tenham capacidade competitiva, e que mereçam o apoio do banco para competir com as empresas estrangeiras, não há nada de errado. Se o BNDES não apoiar as empresas nacionais, quem o fará?", observou.

Sobre a fusão da Oi com a Portugal Telecom
28.jul.2010

"A iniciativa garante que os pressupostos da reestruturação societária apoiada pelo BNDES em 2008 serão integralmente mantidos. Ou seja, a empresa continuará a ser uma companhia de telecomunicações com controle brasileiro, capaz de competir com eficiência no país e ocupar espaços também no mercado internacional", afirmou o banco em nota.

"O acordo abre caminho para a internacionalização da companhia, um dos objetivos de seu plano de negócios, e melhora sua estrutura de capital, permitindo a continuidade e expansão de seus investimentos".

Joel Rodrigues - 16.jul.2014/Folhapress
Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES, em seminário realizado em 2014
Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES, em seminário realizado em 2014

HÉLIO COSTA, EX-MINISTRO DAS COMUNICAÇÕES

1º.ago.2007

"O que nos estamos imaginando é que tem de haver um procedimento que garanta uma grande empresa nacional. Queremos uma empresa de maioria de capital brasileiro, não necessariamente uma empresa pública", declarou o ministro.

Fred Chalub - 14.jun.2010/Folhapress
Ex-ministro das Comunicações Hélio Costa em foto de 2010
Ex-ministro das Comunicações Hélio Costa em foto de 2010

LUIZ EDUARDO FALCO, EX-PRESIDENTE DA OI

29.mai.2008

"Temos uma necessidade premente de chegar a 100 milhões de clientes para que essa empresa ganhe uma escala mínima. Ela nasce para equilibrar o jogo no Brasil, e nós temos que ir para outros locais", disse.

Raquel Costa/Folhapress
Luiz Eduardo Falco, ex-presidente da Oi e da CVC
Luiz Eduardo Falco, ex-presidente da Oi e da CVC

ZEINAL BAVA, PRESIDENTE DA CORPCO (NOME DA OI APÓS FUSÃO COM A PORTUGAL TELECOM)

2.out.2013

"É um embrião de uma multinacional de língua portuguesa com atuação também na África e Timor leste e um mercado potencial de 260 milhões de pessoas", disse Bava. Segundo ele, a expectativa é que a companhia esteja entre os maiores grupos globais do setor.


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