Folha de S. Paulo


Banco Central vê inflação na meta em 2017 com juro mantido em 14,25%

O Banco Central reduziu suas projeções de inflação para 2017 e estima que o IPCA (índice de preços ao consumidor) chegará ao centro da meta de 4,5% no fim do próximo ano, na hipótese de manutenção da taxa de câmbio em R$ 3,60 e da taxa básica de juros em 14,25% ao ano.

Segundo o BC, se os juros caírem, como prevê o mercado financeiro, a inflação fica acima dos 4,5%. O IPCA está em 9,3% nos 12 meses encerrados em maio.

As projeções fazem parte da ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) da quarta-feira da semana passada, quando o BC manteve os juros em 14,25% ao ano.

Para 2016, as estimativas pioraram, mesmo no cenário que considera juros estáveis.

O BC não divulga suas projeções na ata. No final de junho, no entanto, serão apresentadas novas estimativas, no Relatório Trimestral de Inflação.

Essa foi a última ata de uma reunião do Copom sob o comando de Alexandre Tombini, que foi substituído no cargo por Ilan Goldfajn.

PLANOS DE SAÚDE

Na ata, o BC estima ainda que os preços administrados, com tarifas e combustíveis, vão subir 6,8% em 2016, mesmo valor projetado na reunião do Copom de abril.

A projeção considera reajuste médio de 19,7% nas tarifas de água e esgoto, de 13,6% nos planos de saúde e redução de 3,5% nos preços da energia elétrica.

No documento, o BC reafirma que reconhece avanços na política de combate à inflação, mas diz que o nível elevado em 12 meses e as expectativas distantes da meta "não oferecem espaço para flexibilização da política monetária".


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