Folha de S. Paulo


Cemig demite 200 pessoas que estão perto da aposentadoria, diz sindicato

Divulgação Cemig
UHE Três Marias, localizada no Rio São Francisco, região Central do EstadoDivulgação Cemig
UHE Três Marias, localizada no Rio São Francisco, região Central do EstadoDivulgação Cemig

A Cemig demitiu cerca de 200 funcionários nesta quarta-feira em sua sede em Belo Horizonte. Segundo o Sindicato dos Eletricitários (Sindieletro), foram desligados empregados que estão perto de se aposentar.

Em nota, o Sindieletro informou que os demitidos completariam, até 30 de junho deste ano, 55 anos idade e 30 anos de contribuição do INSS para mulheres e 35 para homens e 30 anos de recolhimento no fundo de pensão da companhia, o Forluz.

A Cemig informou que foram demitidos 158 empregados, aposentados ou que já reuniam as condições para se aposentar. Os desligamentos atinge 2% da sua folha de pagamento.

"O número de desligamento dos empregados foi ampliado em função do momento econômico, que provoca impactos em todas as empresas do país. A decisão ocorreu depois que os Planos de Desligamento Voluntário Programado (PDVPs) de 2015 e de 2016 não foram suficientes para o ajuste da saúde econômico-financeira da companhia", diz em nota a companhia.

No último dia 30 de maio terminou o prazo para adesão ao programa de demissão voluntária aberto pela Cemig. Segundo o sindicato cerca de 500 pessoas aderiram ao PDV. Hoje, a empresa emprega cerca de 8.000 pessoas.

"Entendemos que essa demissão em massa foi arbitrária, pois, não ocorreu negociação com o Sindicato. As pessoas chegaram para trabalhar e foram informadas dos desligamentos", disse o coordenador geral do Sindieletro-MG, Jefferson Silva.

No ano passado, a dívida da companhia com vencimento para 2016 chegou a R$ 6,3 bilhões. A Cemig alega que em função da piora do cenário econômico, "os custos de refinanciamento desta dívida aumentaram acima das expectativas mais pessimistas do mercado, colocando em risco a sustentabilidade das empresas do setor elétrico brasileiro, inclusive a Cemig".

"Vamos entrar com um dissídio coletivo para pedir uma liminar para anular as demissões, pois, entendemos que idade não é um critério que justifique a dispensa. Em 2013, a Cemig fez a mesma coisa e conseguimos na Justiça reverter as demissões", disse Silva.


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