Em meio à crise econômica, o maior problema que o governo enfrenta é a falta de controle sobre as contas públicas. Desde 2014, ele vem gastando mais do que consegue arrecadar e esse ano não será diferente —o rombo previsto é de R$ 170 bilhões.
Para tentar reduzir os gastos públicos, o presidente interino, Michel Temer, entregou nesta quarta-feira (15) aos líderes de partidos aliados no Congresso a proposta de emenda constitucional que limita as despesas federais à variação da inflação por até 20 anos.
ROMBO CRESCENTE - Em R$ bilhões
Quando se gasta mais do que se ganha, é preciso se endividar para pagar a diferença. No Brasil, onde os juros estão entre os mais altos do mundo, pegar dinheiro emprestado sem ter um planejamento é bastante arriscado —só em 2015, o setor público gastou cerca de R$ 500 bilhões com pagamento de juros.
Eles consomem os ganhos e sobram menos recursos para áreas como educação, saúde, cultura e lazer —que podem melhorar a formação das pessoas, sua qualificação profissional e ampliar o bem-estar.
Com investimentos reduzidos, a tendência é que o dinheiro sobre menos no futuro e, se as contas não diminuem, cria-se um ciclo vicioso.
RECEITA X DESPESA - Em R$ trilhões
O corte de despesas, no entanto, pode ser feito de diversas formas e o mais recomendado é colocá-las todas na ponta do lápis —montar um orçamento familiar— e identificar que benefícios cada um deles traz a curto, médio e longo prazo.
Com essa percepção, é mais fácil planejar o caminho que pode levar à estabilidade financeira.