Folha de S. Paulo


Planejamento admite erro ao calcular impacto do reajuste de servidores

O Ministério do Planejamento informou nesta terça-feira (14) que errou nas contas ao calcular o impacto do reajuste dos servidores públicos aprovado pela Câmara dos Deputados no início de junho.

O custo para o governo federal será de R$ 67,7 bilhões entre 2016 e 2018 e não de R$ 52,9 bilhões, conforme divulgado anteriormente. O cálculo foi refeito após questionamento do jornal "Valor Econômico".

Segundo o Planejamento, na tabela anteriormente divulgada "houve erro técnico na apuração dos impactos decorrentes dos reajustes concedidos no período 2017-2018". Não houve mudança em relação à estimativa para 2016, que continua sendo de R$ 7 bilhões.

"As informações divulgadas deixaram de computar parte do efeito das anualizações dos reajustes concedidos nos anos anteriores. Desta maneira, os valores apresentados para 2017 e 2018 estavam subestimados", disse o ministério em nota.

Para 2017, a despesa extra passa de R$ 19,4 bilhões para R$ 25,2 bilhões. Para 2018, de R$ 26,5 bilhões para R$ 35,6 bilhões.

A maior parte do erro se refere ao Poder Executivo, cujo custo nesses três anos foi recalculado de R$ 39,8 bilhões para R$ 51,1 bilhões. Para o Judiciário, a estimativa passou de R$ 8,4 bilhões para R$ 11,5 bilhões.

"Cabe destacar que, mesmo com esta correção, o impacto dos reajustes sobre a folha primária projetada para o período 2016-2018, considerados os seus efeitos anualizados, está abaixo da inflação esperada para o mesmo período", diz a nota do Planejamento.

A proposta de reajuste dos servidores ainda precisa ser votada pelo Senado.


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