A Justiça do Rio aceitou o pedido de recuperação judicial da empresa de sondas Sete Brasil, mas deixou de fora do processo as subsidiárias estrangeiras da companhia.
A decisão foi publicada nesta segunda-feira (13) pelo juiz Luiz Aberto Carvalho Alves, da 3ª Vara Empresarial. Ele indicou a consultoria Deloitte Touche Tohmatsu como administradora judicial da companhia.
O pedido de recuperação judicial da Sete foi feito no dia 29 de abril. A empresa terá agora 60 dias para apresentar o plano de recuperação.
No pedido, apresentou dívidas de R$ 19,3 bilhões. A maior parte dos créditos está em mãos de instituições federais: R$ 5,3 bilhões com Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil e R$ 4,48 bilhões com o Fundo Garantidor da Construção Naval (FGCN).
A lista de credores não traz, porém, os estaleiros contratados para construir as sondas.
O juiz afirmou que as subsidiárias internacionais, que serão as proprietárias das sondas, não estão sujeitas às leis brasileiras e, por isso, não foram incluídas no processo.
Contratada para construir 28 sondas de perfuração para a Petrobras, a Sete Brasil sofreu impactos da crise financeira da estatal e da Operação Lava Jato, que dificultou o acesso a financiamento do BNDES.
Com a queda do preço do petróleo e a redução de seus investimentos, a Petrobras tenta renegociar os contratos e propôs a contratação de um mediador para ajudar as duas partes a chegarem a um acordo.