Sem acordo sobre as dívidas estaduais, o presidente interino, Michel Temer, adiou reunião programada para quinta-feira (9) com os governadores do país.
A ideia inicial era realizar um encontro para anunciar uma alternativa que diminuísse as dívidas bilionárias de estados como Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, que têm encontrado dificuldades em quitar até mesmo a folha de pagamento do funcionalismo público.
INFLAÇÃO |
---|
Saiba o que é e veja como afeta sua vida |
O que são inflação e política monetária? |
Inflação atinge 0,78% em maio |
Veja as 10 maiores altas de preço |
Remédios ficaram 10,52% mais caros |
Sabesp faz reajuste e preços sobem mais em SP |
Nesta quarta-feira (8), em encontro com o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, o peemedebista disse que pretende ter uma definição na semana que vem e que o tema ainda está sob análise do ministro Henrique Meirelles (Fazenda).
Com a indefinição, a proposta é que o encontro também fique para a próxima semana. Nesta quinta-feira (9), o peemedebista deve se reunir apenas com os governadores de Tocantins, Marcelo Miranda, e Pará, Simão Jatene.
No encontro, o governador gaúcho defendeu um tratamento diferenciado das dívidas estaduais, respeitando a realidade e a urgência de cada estado.
"Não dá para fazer tudo separado, somos uma federação. Me coloco ao lado de todos os outros estados. Mas há situações totalmente diferenciadas e alguns estados tem que ter tratamento diferenciado, não para ter privilégios", afirmou Satori.
O governador disse ainda acreditar que o presidente interino chegue a uma solução negociada e explicou que propôs um pedido de carência de dois anos para o pagamento da dívida.
Ele defendeu ainda projeto na Câmara dos Deputados que altera o indexador das dívidas estaduais de IGPM mais 6% para IPCA mais 4%. Ele pregou também que a alteração seja retroativo, revendo todo o passivo da dívida.