Folha de S. Paulo


Shell deixará até 10 países após aquisição do BG Group

A Royal Dutch Shell deixará suas operações de petróleo e gás em até dez países, medida para aprofundar cortes de custos e reduzir seu foco após a aquisição por US$ 54 bilhões do BG Group.

Apresentando sua estratégia depois do fechamento do negócio em fevereiro, a companhia anglo-holandesa revelou o objetivo de realizar desembolsos anuais de US$ 25 bilhões a US$ 30 bilhões até o fim da década.

A companhia reduziu seus investimentos previstos para 2016 a US$ 29 bilhões, terceiro corte ante os US$ 35 bilhões originais.

A Shell também elevou sua meta de economias com a integração com a BG para US$ 4,5 bilhões, alta de US$ 1 bilhão ante o objetivo anterior.

O presidente-executivo, Ben van Beurden, espera que os novos cortes ajudem a impulsionar as ações da Shell, cuja performance têm ficado abaixo das rivais desde o anúncio do negócio com a BG em abril de 2015.

Ele disse que a companhia focará seu crescimento no curto-prazo em projetos em águas profundas no Brasil e no Golfo do México.

A produção em águas profundas pode dobrar para cerca de 900 mil barris de óleo equivalente por dia em 2020, disse a empresa.

A Shell não detalhou de que países pode sair. A agência de notícias Reuters noticiou anteriormente que a Shell tem planos de vender seus ativos no Gabão.

A companhia também vai expandir seu negócio no setor químico, particularmente nos Estados Unidos e na China.

A empresa deu a luz verde para o investimento em uma nova central petroquímica e fábrica de polietileno nos EUA, uma de uma série de decisões de investimentos que fará neste ano conforme se depara com o acentuado declínio dos preços do petróleo nos últimos dois anos.


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