No Brasil, onde projetos como Live ainda não conseguiram penetração, o Facebook também encara obstáculos ao Internet.org, que levaria acesso gratuito a comunidades mais pobres –e foi renomeado meses atrás como Free Basics.
Levado pelo presidente da companhia, Mark Zuckerberg, à presidente Dilma Rousseff há um ano, o projeto foi acusado por organizações voltadas à internet de romper com a neutralidade da rede, ao prever seleção prévia e restrita de sites pelo próprio Facebook.
Em maio o governo regulamentou o Marco Civil, vedando "condutas que comprometam o caráter público e irrestrito do acesso à internet" ou que "privilegiem aplicações ofertadas pelo próprio responsável pela transmissão".
Segundo analistas e associações de consumidores, como Proteste, o decreto tem por alvo o Free Basics e proíbe seu modelo, chamado "zero rating". Procurado, o Facebook disse que não poderia responder se vai manter seus planos para o Brasil.
Em fevereiro, com avaliação semelhante sobre o efeito na neutralidade da rede, a Índia proibiu o Free Basics.
Mas Zuckerberg voltou a defendê-lo como "uma das iniciativas de conectividade mais bem-sucedidas no mundo".
A maioria dos 40 países que já aceitaram o Free Basics é da África. Na América do Sul, o único até o momento é a Colômbia.