Folha de S. Paulo


Centrais criticam pressa do governo e fecham proposta para Previdência

Danilo Verpa/Folhapress
SAO PAULO,SP,BRASIL - 28.01.2015 Protesto das maiores centrais sindicais do pais em ato na av. Paulista para cobrar a revogacao das Medidas Provisorias 664 e 665 anunciadas pelo Governo Feseral. (Foto: Danilo Verpa/Folhapress, MERCADO)
Centrais sindicais se unem para defender direitos dos trabalhadores

Contrárias à fixação de uma idade mínima para a aposentadoria, centrais sindicais se reúnem nesta segunda-feira (30) para fechar a proposta que será entregue ao governo do presidente interino, Michel Temer.

Na semana passada, o ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, afirmaram que o governo apresenta até o dia 3 de junho seu plano de reforma para estancar o deficit da Previdência, estimado em R$ 146 bilhões em 2016.

A pressa, no entanto, tem sido alvo de críticas.

"Mandar o projeto daqui a 15 dias ou três meses não faz nenhuma diferença", diz Fabio Giambiagi, economista e especialista em Previdência.

Para ele, o Congresso não discutirá a reforma antes de novembro. Entre junho e julho, existem as festas juninas e o recesso, que tiram os parlamentares de Brasília. Em agosto, a Olimpíada. Em setembro e outubro, eleições.

"É um pouco temerário fazer reforma da Previdência às pressas", concorda Dávio Zarzana Jr, mestre em direito previdenciário e advogado do escritório Gueller & Vidutto.

LEGALIZAÇÃO DO JOGO

As três maiores centrais do país, CUT, Força Sindical e UGT, devem manter as propostas de reforma previdencial do Fórum das Centrais.

Criado em 2010, o fórum é contra a idade mínima e defende a fórmula 85/95 sem progressividade. Para as centrais, o governo deve elevar a arrecadação para equilibrar o sistema. A Força Sindical defende, para isso, a legalização dos jogos de azar.

Mudanças na aposentadoria


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