Folha de S. Paulo


Petróleo em alta pode esvaziar ideia de congelar produção, diz Rússia

20.mai.2016/Reuters
Ministro de Energia russo, Alexander Novak, analisa congelamento da produção de petróleo
Ministro de Energia russo, Alexander Novak, analisa congelamento da produção de petróleo

A potencial retomada de conversas sobre congelamento na oferta de petróleo pelos grandes produtores globais pode ser retirada da mesa se esses países avaliarem que os preços estão em nível "normal" ou "equilibrado", disse o ministro de Energia da Rússia, Alexander Novak.

Novak disse a jornalistas, em Atenas, que as conversas sobre congelamento tiveram início quando os preços do petróleo estavam em US$ 27 por barril, contra cerca de US$ 50 atualmente. No último encontro de produtores em Doha, em abril, os principais países petrolíferos não conseguiram chegar a um acordo.

"Fatores de reequilíbrio do mercado começaram a atuar passo a passo. Pouco a pouco essa ideia (congelamento da produção) vai evaporar. Se muitos países acreditarem que o preço está realmente normal, equilibrado, então a questão do congelamento não será levantada", afirmou Novak.

Nesta sexta-feira, os preços do petróleo operam em baixa. Às 11h33, o barril do petróleo Brent caía 0,89%, para US$ 49,16, enquanto o WTI recuava 0,51%, para US$ 49,24.

Os analistas preveem recuperação dos mercados nos próximos meses com as interrupções da oferta ajudando a reduzir lentamente o excesso da commodity.

Os preços também ficaram sob pressão com o dólar forte, impulsionado pelos dados, no geral, positivos da economia dos Estados Unidos e em meio a crescentes expectativas de aumento dos juros no país no curto prazo.

O petróleo tocou os US$ 50 pela primeira vez em cerca de sete meses na quinta-feira, após interrupções de produção com os incêndios no Canadá e ataques militantes na Nigéria, o que ajudou a reduzir a produção diária global em 4 milhões de barris.


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