Folha de S. Paulo


Dívida pública federal cai 3% e fecha abril em R$ 2,8 trilhões, diz Tesouro

A dívida pública federal recuou 3,01% em abril na comparação com março, para R$ 2,800 trilhões, informou o Tesouro Nacional nesta sexta-feira (27). Foi a primeira queda no estoque da dívida desde janeiro diante do elevado vencimentos de títulos públicos.

A dívida pública interna, por sua vez, teve baixa de 3,03% na mesma base de comparação, para R$ 2,67 trilhões. A dívida externa caiu 2,7%, encerrando o mês em R$ 129,6 bilhões, afetada pela queda de 4,34% do dólar sobre o real.

Em março, a dívida pública federal havia crescido 2,4%, para R$ 2,88 trilhões.

O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Leandro Secunho, afirmou que a redução dos estoques já era "amplamente esperada" em razão do vencimento elevado de LTNs —títulos prefixados— em 1º de abril.

Para o ano, o Tesouro fixou intervalo de R$ 3,1 trilhões a R$ 3,3 trilhões para a dívida pública total, segundo o PAF (Plano Anual de Financiamento).

COMPOSIÇÃO

Em abril, os títulos corrigidos pela Selic passaram a responder por 26,16% do total da dívida, acima dos 24,92% de março. O Tesouro estima que essa representatividade encerrará o ano entre 30% e 34%. No mercado, os papéis pós-fixados são mais demandados em momentos de percepção de aumento de risco pelos investidores.

Encerrado o quarto mês do ano, os títulos corrigidos pela inflação responderam pelo maior peso na dívida, tomando o lugar dos prefixados: 34,55% do total, sobre 33,08% no mês anterior

Os papéis prefixados, por sua vez, representaram 34,48% do total, abaixo dos 37,17% de março.

O Tesouro estabeleceu como meta para 2016 um intervalo de 31% a 35% para os títulos prefixados e de 29% a 33% para os papéis atrelados à inflação.

A participação dos investidores estrangeiros em títulos da dívida interna subiu de 16,73% em março para 17,39% em abril.


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