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Nomeação de Parente para a Petrobras passará por teste de integridade

Alan Marques/Folhapress
O novo presidente da Petrobras, Pedro Parente, durante coletiva no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), nesta quinta-feira
O novo presidente da Petrobras, Pedro Parente, durante coletiva no Palácio do Planalto, em Brasília (DF)

A nomeação de Pedro Parente para a presidência da Petrobras depende da realização de um "teste de integridade" sobre seu currículo. O nome de Parente foi avaliado nesta segunda-feira (23) pelo conselho de administração da estatal, que definiu um cronograma para a substituição no comando da empresa.

O teste de integridade foi incluído em revisão do estatuto da companhia aprovada em abril e prevê a análise de currículo, antecedentes e negócios de postulantes a cargos de gerência e direção. Parente é o primeiro nomeado a presidente a passar pelo teste.

O cronograma prevê que o teste seja concluído no próximo dia 31 e que, caso aprovado, Parente tome posse já no início de junho. A Folha apurou que não houve conflito entre conselheiros com relação ao nome.

Parente foi indicado na semana passada pelo presidente interino Michel Temer para substituir Aldemir Bendine, nomeado pela presidente afastada Dilma Rousseff em fevereiro de 2015.

Na véspera da reunião, os sindicatos de trabalhadores da companhia ainda tentaram convencer o conselho a reprovar o nome de Parente, cuja nomeação consideraram "inadmissível" em comunicado divulgado na semana passada..

Em carta endereçada aos conselheiros, dizem que o executivo forçou a Petrobras a assinar contratos prejudiciais à estatal durante o apagão de 2001 e que responde a ações referentes à falência dos bancos Econômico e Bamerindus.

"Fazemos um apelo a todos os integrantes do conselho de administração da Petrobras para que não referendem a nomeação", conclui o texto.


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