Folha de S. Paulo


17 Estados e Distrito Federal têm desemprego superior a 10% no 1º tri

Mais da metade das 27 unidades federativas brasileiras tiveram taxa de desemprego acima de 10% nos três primeiros meses do ano, divulgou o IBGE, na manhã desta quinta-feira (19).

Dados da Pnad Contínua, pesquisa de desemprego do instituto, mostraram que 17 Estados e o Distrito Federal estão nessa situação.

Apenas quatro unidades da federação tinham desemprego acima de 10% no primeiro trimestre de 2015 —Rio Grande do Norte (11,5%), Bahia (11,3%), Alagoas (11,1%) e Distrito Federal (10,8%).

A taxa de desemprego geral do país para o primeiro trimestre, de 10,9%, foi divulgada no final do mês passado pelo instituto. O que foi divulgado na manhã desta quinta-feira (19) foram os dados regionalizados para o período.

Taxa de desocupação, em % - Por Estado

"Temos um quadro onde a desocupação se acentuou em todas as regiões do país", afirmou Cimar Azeredo, coordenador do Trabalho e Rendimento do IBGE.

Os Estados da Bahia (15,5%), Rio Grande do Norte (14,3%) e Amapá (14,3%) tiveram as maiores taxas do Brasil, enquanto Santa Catarina (6%), Rio Grande do Sul (7,5%) e Rondônia (7,5%) registraram as menores taxas.

Rendimento médio real - Por Estado, em R$

O Estado de São Paulo apresentou taxa de desemprego de 12% no primeiro trimestre, a maior da série histórica, iniciada em 2012. O resultado indica aumento do desemprego —no trimestre imediatamente anterior, a taxa foi de 10,1%. Há um ano — no primeiro trimestre de 2015—, a taxa era de 8,5%.

Desde o segundo trimestre de 2014 a taxa de São Paulo supera a média geral para o país. Somente de janeiro a março, 471 mil pessoas entraram na fila de emprego no Estado.

São Paulo encerrou o trimestre com 2,886 milhões de desocupados, alta de 19,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior. No intervalo de um ano, o número absoluto de desocupados cresceu 45,7%.

No caso dos ocupados, o Estado fechou o período com 21,1 milhões de pessoas nessa condição, queda de 1% nas duas bases de comparação. Somente na passagem do último trimestre de 2015 para o primeiro trimestre deste ano, 204 mil pessoas perderam seus empregos.

"São Paulo sente mais rapidamente esse processo de mudança no mercado de trabalho, por concentrar um grande número de indústrias, por exemplo. Como é o Estado mais desenvolvido do país, é uma espécie de farol do que ocorre no restante dos Estados", explicou Azeredo.

O Rio de Janeiro apurou desemprego de 10%, alta frente aos 8,5% do trimestre anterior. O indicador superou em muito o verificado um ano antes, no primeiro trimestre de 2015, de 6,6%.

REGIÕES

Três das cinco grandes regiões brasileiras tiveram desemprego superior a 10% —Norte (10,5%), Nordeste (12,8%) e Sudeste (11,4%).

No Nordeste, onde há o maior desemprego do país, a taxa esteve em 9,6% nos três primeiros meses de 2015.

TAXA DE DESOCUPAÇÃO, EM % - Por região

"O Nordeste tradicionalmente tem uma taxa maior que outras regiões. Há uma informalidade maior, uma concentração menor de indústrias de grande porte e uma concentração maior de jovens nessa região."

Na outra ponta, Centro-Oeste (9,7%) e o Sul (7,3%) apresentaram melhores taxas no primeiro trimestre.

RENDIMENTO MÉDIO REAL - Por região, em R$


Endereço da página:

Links no texto: