Folha de S. Paulo


Anúncio de Dilma sobre Minha Casa, Minha Vida encolhe

A presidente Dilma Rousseff desistiu de ampliar o número de unidades do programa Minha Casa, Minha Vida, como vinha sendo negociado ao longo da semana.

Na noite de quinta-feira (5), o Ministério das Cidades divulgou nota na qual informava que Dilma anunciaria mais de 30 mil novas unidades.

Nesta sexta-feira (6), no entanto, a presidente acabou por assinar a contratação de 25 mil unidades, o mesmo número anunciado no último domingo (1º).

Durante a semana, cogitou-se elevar o total para 70 mil imóveis, o que demandaria mais dinheiro do governo em um momento de falta de recursos.

A assinatura ocorreu em cerimônia no Palácio do Planalto, como parte da estratégia de antecipar medidas de apelo popular antes que o Senado analise o afastamento da presidente, na próxima semana.

As 25 mil unidades já estavam previstas em portarias do Ministério das Cidades publicadas em dezembro e abril, mas as obras ainda não estavam contratadas.

Serão 13 mil imóveis para entidades selecionadas pelo governo, como movimentos de sem teto, e 12 mil para a área rural. O custo estimado para o Tesouro Nacional é de R$ 1 bilhão.

Segundo a Caixa, já foram contratados 4,3 milhões de imóveis pelo programa nas suas duas primeiras fases. Cerca de 1,5 milhão ainda estão em obras. Para a fase 3, iniciada neste ano, a meta são mais 2 milhões. Já foram desembolsados R$ 91 bilhões do Orçamento da União.

Dentro do programa, 61,6 mil são moradias para entidades e 177 mil para a área rural.


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