Folha de S. Paulo


FMI diz que América Latina corre risco com desaceleração maior da China

Joshua Roberts/Reuters
Diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, em encontro anual do Fundo em 2014
Diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, em encontro anual do Fundo em 2014

A recessão da região da América Latina pode piorar se a economia chinesa desacelerar mais do que esperado e atingir os exportadores de commodities, disse o FMI (Fundo Monetário Internacional) nesta quarta-feira (27).

A América Latina tem sido atingida pela desaceleração do crescimento global, preços menores das commodities e condições financeiras globais mais apertadas. A projeção é que a atividade econômica da região caia 0,5% em 2016, disse o FMI em seu relatório anual.

Uma desaceleração mais profunda da China pode levar a uma contração de cerca de 1% na América Latina este ano, diz o relatório.

A retração tem sido alimentada pela pior recessão do Brasil em mais de um século. O FMI projeta que o país contraia 3,8% neste ano, mesma queda de 2015.

O FMI apontou que a incerteza política no Brasil, onde a presidente Dilma Rousseff pode ser afastada do cargo em meados de maio pelo Senado Federal, pode adiar uma recuperação dos investimentos.

O aumento do endividamento na América Latina tem limitado a capacidade dos governos de impulsionar o crescimento com gastos públicos, embora os investimentos em infraestrutura tenham seguido o desenvolvimento dos países asiáticos com quem a região compete nos mercados de exportação, disse o relatório.


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