Folha de S. Paulo


G7 estreita colaboração agrícola para prevenir doenças em animais

Ministros da agricultura de países do G7 acertaram no sábado (23) estreitar suas parcerias para combater doenças que afetam rebanhos, com a criação de um sistema de troca rápida de informação sobre casos do tipo.

Titulares das pastas do Japão, Canadá, Itália, Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido e França firmaram o pacto em declaração conjunta durante reunião do grupo dos sete países mais industrializados do mundo, realizada em Niigata, no Japão.

No encontro, centrado nas estratégias para garantir a segurança alimentar perante o aumento da população global, os ministros também destacaram a necessidade de atrair mão de obra jovem para o setor agrícola, assim como a de tomar medidas para atenuar os efeitos da mudança climática sobre a produção de alimentos.

Segundo previsões da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a produção agrícola deverá aumentar em 60% por volta de 2050 –para alimentar uma população global que chegará a 9,2 bilhões de pessoas.

"Reconhecemos o papel crucial que o setor agrícola desempenha para garantir a segurança alimentar global, e em particular em uma era de urbanização acelerada", afirma o documento.

Os participantes do encontro acertaram a criação de "um marco internacional de troca de informação" sobre doenças animais, destinado a evitar a propagação de surtos de vírus como o da gripe aviária ou o da febre aftosa. Este sistema também permitiria estreitar a colaboração perante o aumento das bactérias que desenvolveram resistência antibiótica, um fenômeno derivado do uso excessivo de remédios desse tipo em animais.

Em relação ao envelhecimento da mão de obra dedicada à agricultura, os ministros marcaram uma reunião em Tóquio dedicada à discussão desse problema, da qual participarão também representantes de países em vias de desenvolvimento.

A reunião ministerial realizada em Niigata é a primeira deste tipo desde 2009, quando um encontro foi feito na cidade italiana de Treviso pelo G8 –antes de a Rússia ser excluída do grupo– para discutir o aumento dos preços dos produtos agrícolas.


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