Em meio a dificuldades em um país grande estão oportunidades para um pequeno.
Com essa ideia e o desejo de tornar Mônaco mais conhecido, desembarcou no Brasil uma comitiva de empresários baseados no principado, na primeira missão do conselho econômico monegasco a um país latino-americano. Em visita rápida ao país, o príncipe Albert 2º esteve com os empresários.
"Veja, nos negócios, as oportunidades estão quando há dificuldades. Um país grande, quando está bem, não se interessa por um pequeno. Hoje talvez os brasileiros se interessem por Mônaco. E, quando a economia retomar, eles se lembrarão de que Mônaco estava lá quando a coisa não ia bem", diz Michel Dotta, presidente do conselho.
Dotta conta que a viagem foi planejada em 2015, quando já se sabia "que havia dificuldades". Ainda assim, continua, o desejo era tornar o principado mais conhecido na região. "Mônaco ainda não é bem conhecido dos brasileiros, sobretudo o Mônaco da economia. As pessoas acham que é [lugar] só de relaxar e dançar. Não, em Mônaco as pessoas trabalham."
Dotta trouxe ao Brasil 46 representantes de empresas e órgãos. Mal chegados ao Brasil, ouviram de especialistas, em palestras na Fecomercio-SP nesta segunda-feira (4), que a economia brasileira não vai nada bem.
Ainda assim, foram informados, vale a pena investir no país, sem perder de vista o mercado de luxo brasileiro.
A comitiva incluiu empresas que vendem uma TV que se transforma em espelho, exportadoras de carne, um serviço que busca identificar herdeiros numa sucessão e corretores de seguros.
Os brasileiros presentes foram seduzidos com belas imagens de um Mônaco moderno, cosmopolita e uma plataforma para negócios na União Europeia e África.
O príncipe Albert 2º disse acreditar que os monegascos vão saber aproveitar o potencial do mercado brasileiro, "mesmo chegando em um período um pouco complicado".