As ações chinesas caíram mais de 1% nesta quinta-feira (24), pressionadas pelos papéis de matérias-primas, após a mídia estatal noticiar que 35 corretoras domésticas retomaram suas atividades de vendas a descoberto após um longo hiato. A operação consiste na venda de uma ação que a instituição não tem em sua carteira, ela aluga o ativo para vendê-lo.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 1,68%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 1,62%.
Muitas instituições financeiras da China haviam voluntariamente suspendido suas atividades de empréstimo de margem e de vendas a descoberto de ações durante as pesadas quedas do mercado chineses em meados de 2015, em resposta à forte pressão de Pequim.
O movimento pode ter um impacto psicológico em um mercado que está enfrentando o aumento da pressão de vendas depois de uma recuperação robusta.
No restante do continente as ações também recuaram, pressionadas pela alta do dólar depois de outra autoridade do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, falar da possibilidade de mais de um aumento de juros este ano.
Às 7h37 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico, com exceção do Japão, caía 1,08%, com a tendência dos investidores dos mercados acionários de não aceitarem bem qualquer sinal de aperto da política monetária norte-americana.
O presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, se juntou ao coro de autoridades que apontam o risco de ao menos dois aumentos de juros este ano, com o primeiro talvez já em abril.
Em Tóquio, o índice Nikkei recuou 0,64%, a 16.892 pontos.
Em Hong Kong, o índice HANG SENG caiu 1,31%, a 20.345 pontos.
Em Xangai, o índice SSEC perdeu 1,62%, a 2.961 pontos.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, retrocedeu 1,68%, a 3.181 pontos.
Em Seul, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,46%, a 1.985 pontos.
Em Taiwan, o índice TAIEX registrou baixa de 0,26%, a 8.743 pontos.
Em Cingapura, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 1,20%, a 2.847 pontos.
Em Sydney, o índice S&P/ASX 200 recuou 1,13%, a 5.084 pontos.
EUROPA
As ações europeias também caíam pela quarta sessão seguida nesta quinta-feira, com os preços fracos das commodities e as declarações da autoridade do Federal Reserve.
O índice de matérias-primas STOXX Europe 600 Basic Resources recuava 3,34%, maior queda setorial, com o dólar mais firme tornando os metais mais custosos aos detentores de outras moedas e pressionando os preços dos principais metais industriais. As ações de Anglo American, Glencore, Rio Tinto e Fresnillo recuavam.
Às 8h12 (horário de Brasília), o índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 tinha queda de 1,2%, a 1.320 pontos, no último dia de operações da semana, provavelmente com os volumes se mantendo baixos antes do feriado de Páscoa.
Em seu boletim econômico dessa quinta-feira, o BCE (Banco Central Europeu), avaliou que o crescimento econômico da zona do euro deve acelerar mais nos próximos anos, mas a demanda externa fraca e a desaceleração dos mercados emergentes vão afetar a recuperação.
Em uma perspectiva em linha com as projeções do BCE apresentadas na reunião de 10 de março, o banco acrescentou que a dívida governamental vai diminuir gradualmente e mais consolidação é necessária para colocar proporção da dívida pública em trajetória descendente.
Em Londres, o índice Financial Times recuava 1,32%, a 6.117 pontos.
Em Frankfurt, o índice DAX caía 1,38%, a 9.884 pontos.
Em Paris, o índice CAC-40 perdia 1,84%, a 4.342 pontos.
Em Milão, o índice Ftse/Mib tinha desvalorização de 1,10%, a 18.259 pontos.
Em Madri, o índice Ibex-35 registrava baixa de 0,91%, a 8.845 pontos.
Em Lisboa, o índice PSI20 desvalorizava-se 0,83%, a 5.110 pontos.