Folha de S. Paulo


Confira evolução dos métodos de pagamento do sal ao celular

A transição completa dos pagamentos em cheque e dinheiro para meios digitais avançados deve ser vantajosa para pequenos negócios, na visão de especialistas ouvidos.

"A tendência é que algumas máquinas sejam eliminadas no processo, dando mais lugar aos smartphones", afirma Wilson Lopes, professor do MBA em gestão de TI da Fiap (Faculdade de Informática e Administração Paulista).

A evolução para as soluções atreladas a celulares está permitindo que alguns países pulem etapas nesse avanço.

Edson Luiz dos Santos, pesquisador e autor do livro "Do Escambo à Inclusão Financeira", toma os EUA como exemplo. O país começa agora, com décadas de atraso em relação a outras economias, a aderir aos cartões com chip.

Mas, segundo ele, em 2014, 80% dos americanos já tinham smartphones, que utilizavam com frequência para fazer compras. Desse modo, os chips passam a ser desnecessários.

"A transição será direta para os meios digitais", acredita.

A Holanda foi o território escolhido pela Mastercard para testar na prática a validação de transações comerciais por meio de biometria -com impressões digitais e reconhecimento facial, por exemplo.

SELFIE

De acordo com Valério Murta, vice-presidente de produtos e soluções da bandeira, o Brasil deve receber em 2017 testes com o "SelfiePay" -como a tecnologia de reconhecimento facial foi denominada.

"Estados Unidos, Canadá e Europa já começam os testes em 2016", diz o executivo.

De acordo com pesquisa feita na Holanda pela Mastercard, nove de cada dez participantes gostariam de substituir a sua senha pela identificação biométrica de forma definitiva.

No total, 750 pessoas participaram do projeto piloto. Foram seis meses de testes, depois dos quais 77% afirmaram desejar continuar usando impressão digital ou reconhecimento facial em pagamentos.
Quanto à dúvida recorrente sobre a segurança das transações, Murta diz que os métodos digitais têm mecanismo eficazes para evitar fraude.


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