Folha de S. Paulo


Exportações da China desabam, mas Bolsas chinesas sustentam sexta alta

Kiyoshi Ota/Efe
Pedestre observa tela com informações de ações em Tóquio, Japão
Pedestre observa tela com informações de ações em Tóquio, Japão

As Bolsas chinesas reverteram as perdas iniciais e subiram pela sexta sessão seguida nesta terça-feira (8), com uma abrupta mudança de direção do índice de startups ChiNext e uma alta das ações bancárias tirando os índices do território negativo nos últimos minutos de negócios.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, e o índice de Xangai subiram 0,09%, após caírem mais de 2%.

O índice ChiNext teve variações acentuadas, caindo mais de 4% durante sessão e encerrando as operações com alta de 2,2%.

Já no restante da Ásia dados ruins da China pressionaram as ações, depois de terem atingido a máxima de dois meses na sessão anterior, com investidores mais cautelosos antes de reuniões dos principais bancos centrais.

O desempenho comercial da China em fevereiro foi muito pior do que a expectativa de economistas. As exportações recuaram no ritmo mais forte em mais de seis anos, dias depois de os principais líderes buscarem garantir a investidores que o cenário para a segunda maior economia do mundo permanece sólido.

As exportações tombaram 25,4% em relação ao ano anterior, duas vezes mais do que o mercado estimava, com a demanda piorando em todos os principais mercados da China, enquanto as importações caíram 13,8%, no 16º mês de queda.

O índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, caiu 0,87%.

A expectativa é de que o BCE (Banco Central Europeu) afrouxe a política monetária na reunião de quinta-feira, mas há muita incerteza sobre até onde o banco irá. E nos Estados Unidos, antes da reunião da próxima semana de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central americano), os futuros da taxa de juros mal precificavam mais um aumento neste ano.

FECHAMENTO

Em Tóquio, o índice Nikkei recuou 0,76%, para 16.783 pontos.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,73%, para 20.011 pontos.

Em Xangai, o índice SSEC ganhou 0,09%, para 2.899 pontos.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 0,09%, para 3.107 pontos.

Em Seul, o índice Kospi teve desvalorização de 0,6%, para 1.946 pontos.

Em Taiwan, o índice Taiex registrou alta de 0,05%, para 8.664 pontos.

Em Cingapura, o índice Straits Times desvalorizou-se 1,58%, para 2.778 pontos.

Em Sydney, o índice S&P/ASX 200 recuou 0,68%, para 5.107 pontos.

EUROPA

As principais Bolsas europeias caem nesta terça-feira, afetadas pela queda dos preços dos metais industriais após dados fracos do comércio da China que colocaram pressão sobre o setor de mineração.

O índice STOXX 600 de matérias-primas recuava 4,47%, maior queda setorial, pressionado pelas perdas das ações da BHP Billiton, Anglo American, Rio Tinto e Glencore.

"Exportações chinesas muito mais fracas indicam claramente mais problemas para a economia chinesas nos meses à frente, com a desaceleração do crescimento continuando a pesar", disse o operador do City of London Markets Markus Huber.

Às 8h02 (horário de Brasília), o índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 tinha queda de 1,23%, para 1.324 pontos, após tocar o menor nível em uma semana mais cedo na sessão.

Em Londres, o índice FTSE-100 recuava 0,93%, para 6.125 pontos.

Em Frankfurt, o índice DAX caía 1,44%, para 9.638 pontos.

Em Paris, o índice CAC-40 perdia 1,60%, para 4.371 pontos.

Em Milão, o índice FTSE/MIB tinha desvalorização de 1,13%, para 17.854 pontos.

Em Madri, o índice Ibex-35 registrava baixa de 1,04%, para 8.695 pontos.

Em Lisboa, o índice PSI-20 desvalorizava-se 0,92%, para 4.883 pontos.


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