Folha de S. Paulo


LetterOne diz que não pode seguir com proposta para fusão entre Oi e TIM

Ronny Santos - 13.nov.2014/Folhapress
Consumidores em loja da TIM em shopping de São Paulo
Consumidores em loja da TIM em shopping de São Paulo

A LetterOne, empresa de investimento do bilionário russo Mikhail Fridman, desistiu da oferta para ajudar a mediar a fusão da Oi e da TIM Participações, ao dizer nesta quinta-feira (25) que a TIM não está mais interessada.

"A L1 Technology foi informada pela TIM que... ela não deseja mais aprofundar as negociações em torno da facilitação de uma fusão entre a Oi e a TIM no Brasil", disse a LetterOne, proprietária majoritária do grupo de telecomunicações Vimpelcom.

A unidade de negócio L1 Technology da LetterOne se propôs em outubro do ano passado a investir até US$ 4 bilhões na endividada Oi, se ela se fundisse à TIM, que é controlada pela Telecom Italia.

Uma fusão entre a Oi e a TIM teria criado a maior operadora móvel do Brasil, à frente da Vivo da Telefônica Brasil, e juntado a operadora da segunda maior rede móvel do país com a Oi, dona da maior rede de linha fixa, em um momento em que os mercados de telecomunicações estão convergindo.

Ao perderem para a Telefônica a oferta pela operadora de televisão e Internet GVT em 2014, a TIM e a Telecom Italia começaram a buscar a possibilidade de comprar a Oi.

Mas o presidente-executivo da Telecom Italia, Marco Patuano, disse há um ano, antes da aproximação da LetterOne, que achava difícil encontrar qualquer atrativo convincente na aquisição da Oi.

E, reciprocamente, a Telecom Italia se mostrou relutante em vender a TIM, rejeitando aproximações anteriores da Oi.

Em resposta, a Oi informou que avaliará as possibilidades de consolidação no mercado brasileiro.


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