Folha de S. Paulo


Setor do biogás quer reduzir custo logístico de indústrias

Kiko Sierich/Folhapress
Dentro da Usina de Itaipu há um posto de abastecimento fornece o Biomentano
Dentro da Usina de Itaipu há um posto de abastecimento fornece o Biomentano

A associação que reúne empresas ligadas ao biogás e ao biometano, a Abiogás, ainda tenta romper barreiras para expandir a presença do produto no país.

A entidade vai levar para o Ministério de Minas e Energia a proposta de um programa nacional para o setor, segundo Cícero Bley Junior, presidente da Abiogás.

Segundo o documento, o país precisa estabelecer políticas claras de comercialização como leilões regulares e mecanismos de distribuição do biometano em parceria com distribuidoras estaduais de gás canalizado.

"Esse combustível pode usar toda a logística que já existe no Brasil para o GNV. Todas as capitais do Brasil já têm frota de táxis a GNV. Já está pronto", diz Bley.

De acordo com a entidade, o desenvolvimento do mercado do biogás pode beneficiar setores como o alimentício, não só em atividades como irrigação e moagem de grãos, mas, principalmente, no abastecimento de frotas para o escoamento da produção, reduzindo custos logísticos do diesel.

Na visão da entidade, trata-se de operações da produção que não necessitariam ser realizadas com energia gerada em grandes centrais, com linhas de transmissão, subestações e linhas de distribuição, mas sim com energias e combustíveis gerados por seus próprios resíduos orgânicos.

A Abiogás estima o potencial de produção de biogás no Brasil em 23 bilhões de m³ ao ano, sendo 12 bilhões de cana de açúcar, 8 bilhões de alimentos e 3 bilhões de resíduos. Segundo a entidade, esse volume corresponde a cerca de 12 bilhões de litros de diesel.


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