Folha de S. Paulo


Empresa que cria playlists para lojas agora vai também vender cheiro

Ricardo Borges/Folhapress
rio de Janeiro, RJ,BRASIL, 04/02/2016; Fotos dos donos e sócios da radio Ibiza, Pedro Salomao(camisa azul e Rafael Gasparian( camisa cinza )que faz playlist para eventos e estabelecimentos.(Foto: Ricardo Borges/Folhapress. ) *** EXCLUSIVO FOLHA***
Pedro Salomão (à esq.) e Rafael Gasparian, da Rádio Ibiza

A Rádio Ibiza, empresa que cria playlists musicais de lojas, hotéis e até de uma estação de esqui no Chile, está entrando agora no mercado do "marketing sensorial". A meta é entregar aos clientes uma solução com música, visual e, agora, o cheiro das lojas.

A tendência surgiu no mercado em meados dos anos 2000. As marcas passaram a se diferenciar umas das outras não só pelos produtos como pela experiência proporcionada dentro de suas lojas. Todo o ambiente das unidades era elaborado para que cada espaço fosse reconhecido como único.

A Rádio Ibiza surgiu em 2008, criando playlists customizadas. Uma lista com programação para tocar por um mês chega a ter 300 músicas, escolhidas por uma equipe de 18 pessoas.

A "identidade musical" criada pela empresa está em lojas de marcas como Farm, Maria Filó, Animale, Reserva, Wollner e Richards. Está também em restaurantes como Gero, no Rio, e nas lojas das redes Burger King e Freddo. O aeroporto do Galeão é seu cliente, assim como as instalações do Valle Nevado, resort de esqui no Chile.

A empresa é líder em seu segmento, seguida da Teclamusic, que atende, entre outras, a Louis Vuitton no país.

A Rádio adquiriu, no dia 29 do mês passado, a Jing, empresa que cria odores para espaços comerciais.

"Sempre quisemos oferecer o serviço completo com música, vídeo e cheiro. É um mercado em crescimento no Brasil. Basta ir às lojas e perceber que elas estão cada vez mais diferentes", diz o co-fundador Pedro Salomão.

Ao lado da Filme Ibiza, braço que faz filmes de moda, a Jing irá completar o portfólio de serviços da Rádio, que fechou 2015 com faturamento de R$ 7 milhões.

Segundo Salomão, antes da aquisição, a ideia era faturar cerca de R$ 9 milhões em 2016, o que representaria alta de 28% em relação a um ano antes. Com a compra, a previsão é fechar este ano em torno de R$ 12 milhões.

A Rádio tem escritórios em São Paulo, no Rio e em Curitiba. Neste ano, quer abrir escritório em Portugal.


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