Folha de S. Paulo


Queda da demanda no Brasil pressiona vendas trimestrais da Avon

Brendan McDermid/Reuters
Sede da Avon em Manhattan, Nova York
Sede da Avon em Manhattan, Nova York

A Avon Products teve queda maior que o esperado nas vendas trimestrais, enquanto a demanda por seus cosméticos caíram mais na América Latina, seu maior mercado.

As vendas da companhia na América Latina caíram 26%, para US$ 779,2 milhões no quarto trimestre, atingidas por uma baixa na demanda no Brasil.

No relatório, a empresa diz que a cobrança de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre cosméticos impactou suas receitas no Brasil. Houve queda de 44% no ano passado.

A América Latina responde por aproximadamente metade das receitas da Avon.

A companhia, cujas vendas têm caído há quatro anos, está vendendo a maior parte de seu negócio em dificuldades na América do Norte para a Cerberus Capital Management, enquanto foca em mercados de melhor desempenho como a América Latina.

A Avon também informou em janeiro planos de mudanças em seus negócios, incluindo cortes de US$ 350 milhões nos próximos três anos, investimento em tecnologia e melhor uso das mídias sociais.

O prejuízo líquido atribuído à Avon atingiu US$ 333,4 milhões, ou US$ 0,76 por ação, no trimestre encerrado em 31 de dezembro, ante US$ 330,7 milhões, ou US$ 0,75 por ação, um ano antes.

As receitas totais caíram 20,2%, para US$ 1,61 bilhão.

Analistas, em média, esperavam queda de 9,4% das vendas, para US$ 1,82 bilhão, de acordo com a Thomson Reuters I/B/E/S.

A Avon teve prejuízo de US$ 14,8 milhões, ou US$ 0,04 por ação, nas operações continuadas.


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