Folha de S. Paulo


Criação de vagas desacelera nos EUA, em sinal de alerta com recuperação

Saul Loeb-17.jan.20165/AFP
Presidente dos EUA, Barack Obama, durante discurso na Casa Branca
Presidente dos EUA, Barack Obama, durante discurso na Casa Branca

Após meses de forte expansão do mercado de trabalho nos Estados Unidos, a criação de vagas se desacelerou em janeiro, em mais um sinal de atenção para a recuperação econômica americana.

O país gerou 151 mil postos em janeiro e a taxa de desemprego caiu de 5% para 4,9% no mês passado, informou nesta sexta-feira (5) o departamento de estatísticas do trabalho do governo americano.

Economistas esperavam ao menos 35 mil postos a mais, segundo o "Wall Street Journal".

Os setores que mais perderam postos foram mineração (-7.000), transporte e armazenamento (-20 mil) e serviços de educação (-39 mil), acentuando tendências sazonais.

CRIAÇÃO DE VAGAS DE EMPREGO NOS EUA - Em mil

Os dados dos últimos meses foram revisados para alta de 280 mil vagas em novembro e 262 mil em dezembro.

Os números do desemprego e inflação são monitorados pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) nas decisões sobre o ritmo de elevação da taxa básica de juros do país.

Na reunião de janeiro, o Fed manteve a taxa entre 0,25% e 0,50% de olho nos efeitos da instabilidade internacional e no choque do petróleo na economia americana.

O setor da mineração vem sofrendo baixas consecutivas há meses.

Desemprego nos EUA - Em %

A inflação continua praticamente zerada. Mas, em janeiro, a média de salário no setor privado teve aumento de 2,5%, subindo US$ 0,12, para US$ 25,39 ganhos por hora.

Os setores que mais contrataram foram comércio de varejo (58 mil), serviços de alimentação e bebida (47 mil), saúde (37 mil), atividades financeiras (18 mil) e indústria manufatureira (29 mil).


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