Folha de S. Paulo


Bolsas asiáticas sobem com menor temor de depreciação do yuan

Kimimasa Mayama/Efe
Pedestres passam por tela com informações da Bolsa de Tóquio, no Japão
Pedestres passam por tela com informações da Bolsa de Tóquio, no Japão

As Bolsas asiáticas subiram nesta quinta-feira (4) com a especulação de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) pode não elevar os juros neste ano, fazendo o dólar cair e o petróleo subir. Os índices chineses avançaram com o menor temor de uma desvalorização maior do yuan.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 1,2%. O índice de Xangai teve alta de 1,6%, com as operações diminuindo antes dos feriados do Ano Novo Lunar.

O banco central chinês definiu a taxa referencial do yuan em seu maior nível desde 6 de janeiro, após o índice do dólar contra uma cesta de moedas cair a seu menor nível em três meses.

O regulador cambial da China flexibilizou nesta quinta-feira as regras de gerenciamento cambial sob o esquema de Investidor Institucional Estrangeiro Qualificado, em um esforço para abrir mais o mercado de capitais doméstico.

O limite máximo de investimento para o esquema será elevado, enquanto os procedimentos de aprovação de cota serão simplificados, afirmou em comunicado a Administração Estatal de Câmbio.

As regras restringindo o esquema de mover capital dentro e fora da China também serão relaxadas, segundo o comunicado.

YUAN PRESSIONADO

Analistas dizem que a queda do dólar, assim como as recentes intervenções do banco central chinês, diminuíram os temores de mais depreciação do yuan no curto prazo. Entretanto, a moeda provavelmente continuará pressionada para baixo conforme a economia continua a desacelerar.

Os operadores não estavam seguros sobre o que disparou a desvalorização do dólar, apesar de muitos apontarem para os comentários do presidente do Fed de Nova York, William Dudley, de que as condições financeiras mais apertadas serão levadas em conta na próxima reunião do banco central em março.

A súbita reversão da trajetória do dólar providenciou um necessário impulso às abatidas commodities, fazendo o petróleo subir e aliviando a pressão sobre as ações de energia e sobre o apetite por risco.

Porém, os investidores japoneses pareciam menos felizes com o novo fortalecimento do iene frente o dólar, fazendo o índice Nikkei recuar 0,9%.

O índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, subiu 2,3%. O índice australiano, muito ligado a ações de matérias-primas, saltou 2,1%.

FECHAMENTO

Em Tóquio, o índice Nikkei recuou 0,85%, para 17.044 pontos.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 1,01%, para 19.183 pontos.

Em Xangai, o índice SSEC ganhou 1,55%, para 2.781 pontos.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 1,23%, para 2.984 pontos.

Em Seul, o índice Kospi teve valorização de 1,35%, para 1.916 pontos.

Em Taiwan, o índice Taiex não teve operações.

Em Cingapura, o índice Straits Times valorizou-se 0,30%, para 2.558 pontos.

Em Sydney. o índice S&P/ASX 200 avançou 2,12%, para 4.980 pontos.


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