Folha de S. Paulo


Dilma pedirá ao Congresso apoio contra crise econômica

Em mensagem ao Congresso, Dilma Rousseff deve fazer um apelo ao Legislativo para contribuir para a recuperação da economia.

Segundo a Folha apurou, a ideia é assumir um tom conciliador para tentar "distensionar" a relação entre o Planalto e os congressistas, desgastada com o debate sobre o impeachment.

O texto, que será levado pelo ministro Jaques Wagner (Casa Civil), deve ressaltar a importância do apoio de senadores e deputados para medidas do ajuste fiscal e de recuperação da economia, ainda pendentes nas Casas.

Entre as novas propostas de maior interesse do Palácio estão a aprovação da CPMF e a prorrogação da DRU (Desvinculação de Receitas da União) até o mês de maio.

Segundo assessores presidenciais, o governo quer despertar no Congresso o sentimento de parceria para enfrentar uma crise que pode se agravar, diante da piora do cenário externo.

O temor do Planalto é que se confirmem as previsões de que o desemprego possa atingir dois dígitos, o que contribuiria para engrossar manifestações contra o governo.

O viés econômico já deu o tom da mensagem enviada pelo governo em 2015, quando o tema do ajuste fiscal foi o foco do documento do governo.

Na ocasião, Dilma prometeu dar prioridade ao controle da inflação e à manutenção dos níveis de emprego e renda. Agora, ao elencar que medidas pretende tirar do papel neste ano –em campos como agricultura e comércio exterior–, a presidente quer indicar ainda que seu governo traçou um rumo para o país e, assim, se distanciar da imagem de um governo sem estratégia e politicamente frágil.

A presidente descartou a possibilidade de ela própria levar a mensagem do governo para a reabertura dos trabalhos legislativos. O texto é levado pelo ministro-chefe da Casa Civil.


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