Folha de S. Paulo


Petrobras dispara com petróleo e puxa alta do Ibovespa

As ações da Petrobras registram nova alta nesta quinta-feira (28) e impulsionam o Ibovespa. A valorização da petroleira reflete os ganhos do petróleo no mercado internacional e as declarações do presidente da companhia, Aldemir Bendine, em coletiva de imprensa nesta manhã.

Há pouco os papéis preferenciais (mais negociados) ganhavam 4%, a R$ 4,80, mas chegaram a se valorizar 12%, ultrapassando o patamar de R$ 5. As ações ordinárias (com direito a voto) ganhavam 4,28%, a R$ 6,81.

O petróleo Brent (referência mundial) sobe 4,26%, a US$ 34,51 o barril, após ter superado os US$ 35 o barril. Este é o terceiro pregão consecutivo de valorização da commodity. O WTI (referência americana) subia 3,87%, para US$ 33,55.

Aldemir Bendine afirmou nesta manhã que a Petrobras estará preparada para o novo cenário de preços de petróleo, seja ele a US$ 30 ou a US$ 20 o barril. O plano de investimentos da estatal, revisado no começo deste ano, ainda trabalha com preço médio do Brent a US$ 45 em 2016.

"Vamos preparar a companhia para Brent de US$ 30, de US$ 20 (por barril), não importa", afirmou o executivo, destacando que o pré-sal continua "extremamente" competitivo.

O Ibovespa sobe 0,92%, a 38.728 pontos, também puxado pela alta do setor financeiro, que ganha mais de 1%.

O Bradesco divulgou hoje lucro superior ao esperado pelo mercado. O resultado cresceu 13,9% em 2015 na comparação com 2014, para R$ 17,190 bilhões. Os papéis do banco zeraram ganhos, negociados a R$ 17,37.

DÓLAR

O dólar opera volátil nesta manhã, após decisão do Fed pela manutenção da taxa de juros dos Estados Unidos e publicação da ata da reunião do Copom, que explica a decisão de manter a Selic inalterada em 14,25%.

A moeda americana chegou a subir mais de 1% e ultrapassou os R$ 4,10, mas agora registra desvalorização. O dólar à vista (referência para o mercado financeiro) cedia 0,50%, a R$ 4,0493, enquanto o comercial (usado no comércio exterior) perdia 0,80%, a R$ 4,0530.

Na ata da última reunião do Copom, realizada na semana passada, o Banco Central avaliou que a piora do cenário internacional e um crescimento menor da economia brasileira podem aumentar as chances de que a inflação caia para 4,5% em 2017.

Para os diretores que votaram pela manutenção dos juros, a elevação das incertezas domésticas e, principalmente, externas, sobretudo mais recentemente, justifica continuar monitorando a evolução do cenário econômico "para, então, definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária".

A ata também tem reflexos sobre o mercado de juros, em baixa. O contrato janeiro de 2017 recua de 14,700% para 14,540%. O janeiro 2021 cai de 16,440% para 16,250%.


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