Folha de S. Paulo


Banco Central acaba com linha de crédito subsidiado para investimento

O Banco Central anunciou nesta quinta-feira (21) o fim de uma linha de crédito com juros baixos para investimentos.

Desde 2012, bancos públicos e privados podiam utilizar 20% dos compulsórios sobre depósitos à vista para empréstimos com as mesmas características do PSI (Programa de Sustentação do Investimento), principal linha usada após a crise de 2008/2009.

BNDES
Governo acaba com 'Bolsa Empresário'
Usina de Belo Monte

Em dezembro, o BC decidiu que novos empréstimos nessa linha só poderiam ser deduzidos dos compulsórios (dinheiro que fica retido no BC) até 2019. Agora, anunciou o fim da linha, que soma hoje cerca de R$ 15 bilhões. Com a decisão, esse saldo deverá ser reduzido na medida em que os empréstimos forem vencendo.

PSI

No mês passado, o governo decidiu encerrar o PSI, que gerava elevadas despesas com subsídios para o governo federal e ficou conhecido como "Bolsa Empresário".

O PSI, concedido por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), terminou com uma conta para pagar de pelo menos R$ 214 bilhões.

A maior parte desse valor (R$ 184 bilhões) entrará na contabilidade da União como dívida pública. O restante (R$ 30 bilhões) terá de ser coberto pelo Tesouro até 2041 para compensar a diferença entre os juros pagos pelo BNDES à União na captação dos recursos (mais elevados) e as taxas cobradas dos tomadores dos empréstimos (abaixo da inflação).


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