Folha de S. Paulo


Petrobras fecha acordo para a venda de nafta à Braskem

A Petrobras assinou, nesta quarta-feira (23), contrato de venda de 7 milhões de toneladas por ano de nafta à Braskem.

O acordo prevê fornecimento por cinco anos do produto que é o principal insumo para a fabricação de plástico, resinas e solventes. A nafta é derivada do petróleo.

A venda ocorre após três anos de negociação entre as empresas. No período em que não se resolveu à questão, foram assinados cinco aditivos do contrato que estava em vigor.

Em nota, a Braskem se mostrou pouco satisfeita com o acordo firmado, principalmente no que diz respeito ao preço cobrado pela Petrobras.

Ficou acertado que o preço será de 102,1% acima da referência do mercado europeu chamada ARA (Amsterdã, Roterdã e Antuérpia).

MÉXICO

A Braskem buscava um contrato de maior prazo– recentemente fechou um contrato fornecimento por 20 anos com a Pemex, petroleira do México– e uma fórmula de preço que a protegesse em caso de oscilações da cotação do barril de petróleo, que tem impacto na referência ARA.

"Em função da ausência dessa fórmula de preço, o novo contrato prevê direitos de renegociação de ambas as partes caso determinadas condições de mercado sejam alteradas a partir do terceiro ano do contrato", informou a Braskem, em nota.

A empresa deixou clara a sua insatisfação com o modelo do negócio fechado, mas informou que ele foi necessário para evitar paralisação de centrais petroquímicas e também por conta do momento delicado da economia brasileira.

"Apesar de o novo contrato não refletir integralmente as condições necessárias para garantir a competitividade da indústria química e petroquímica, a Braskem entende ser necessária a sua assinatura de forma a reduzir as graves incertezas que rondam o setor, evitando a paralisação das centrais petroquímicas e considerando o momento difícil da indústria e da economia brasileira".


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