Um ex-ministro aplaudido e prestigiado por seus ex-chefes e um substituto bem avaliado por empresários por sua habilidade política como requisito para enfrentar a crise econômica e superar as desconfianças do mercado.
Essa foi a tônica da cerimônia de posse do novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, que substituiJoaquim Levy à frente da equipe econômica de Dilma Rousseff.
Na plateia da posse, realizada numa segunda-feira (21), apenas três dias depois de oficializada a troca de guarda da Fazenda, estava a cúpula do Bradesco, instituição onde Levy trabalhava antes de assumir o posto.
Na segunda fileira, logo atrás de familiares, estavam Lázaro Brandão, Luiz Carlos Trabuco e o economista-chefe do banco, Octávio de Barros, que ajudaram a puxar longas palmas a Levy quando a presidente Dilma, em sua fala, elogiou seu agora ex-ministro da Fazenda.
Próximo a eles estavam outros representantes do mercado financeiro na cerimônia: Roberto Setubal, do Itaú, Persio Arida, do BTG Pactual, e o presidente da Febraban, Murilo Portugal.
SURPRESA
Da economia real, o presidente da Anfavea (associação das montadoras), Luiz Moan, destacou que Nelson Barbosa "tem uma grande habilidade política que vai nos ajustar a voltar a crescer sem abandonar o ajuste fiscal".
Presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil), José Carlos Martins foi na mesma linha: "Barbosa tem reconhecida habilidade para negociar medidas no Congresso e, também, com o setor privado, principalmente na busca de ações para fazer aumentar o investimento no país, algo crucial neste momento de retração".
Estavam ainda presentes representantes da Shell e da multinacional Bunge.
Reservadamente, assessores presidenciais presentes à posse afirmavam que Barbosa tem tudo para "surpreender" porque ele assume com baixa expectativa do mercado.
