Folha de S. Paulo


Após Moody's, agência de risco S&P rebaixa nota de crédito do BTG Pactual

A agência de classificação de risco Standard & Poor's cortou nesta quarta-feira (2) a nota global de crédito de longo prazo do BTG Pactual, de BB para BB-, com observação negativa, citando os possíveis desafios para o grupo gerados pela prisão de André Esteves, agora ex-presidente-executivo e ex-presidente do Conselho de Administração da companhia.

Segundo a agência de classificação de risco, o banco tem "um déficit material de liquidez com relação a suas obrigações financeiras nos próximos 60 dias, a menos que seja capaz de vender ativos ou acessar instrumentos de crédito".

Desempenho das ações das companhias
que têm participação do BTG - Em %

MOODY'S

Outra das três maiores agências de risco no mundo, a Moody's retirou o grau de investimento do banco BTG nesta terça-feira (1º), alegando que a instituição enfrentará desafios para manter sua liquidez, além de custos mais altos de financiamento.

Os ratings do banco foram rebaixados em dois degraus, de Baa3 para Ba2 –segunda nota dentro do grau especulativo. Além disso, os ratings do banco e de suas filiais em Grand Cayman e Luxemburgo foram colocados em revisão para potencial novo rebaixamento.

O banqueiro André Esteves foi preso no último dia 25 de novembro, sob suspeita de obstruir a operação Lava jato, que investiga um esquema bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras. Depois que o Supremo Tribunal Federal converteu no domingo a prisão de temporária para preventiva, André Esteves renunciou a todos os cargos no Grupo BTG Pactual.


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