Folha de S. Paulo


Dona da Samarco, Vale terá perda de US$ 443 milhões com tragédia em MG

O impacto financeiro do rompimento da barragem em Mariana (MG) será de US$ 443 milhões para a mineradora Vale, em 2016.

O diretor financeiro, Luciano Siani Pires, disse, nesta terça-feira (1), em evento da companhia na Bolsa de Nova York, que a tragédia trará perdas de US$ 543 milhões na receita e US$ 55 milhões nos dividendos recebidos perda da Samarco.

A redução terá compensação de US$ 155 milhões devido à paralisação das operações. A Vale controla a Samarco em conjunto com a anglo-australiana BHP. A estimativa é "conservadora", segundo Siani.

O presidente da Vale, Murilo Ferreira, afirmou, em inglês, que "nós reconhecemos a seriedade do momento" e disse estar comprometido a ajudar a Samarco nas ações em resposta à tragédia.

INVESTIMENTOS

Ferreira informou que a mineradora reduzirá pelo quinto ano consecutivo seus investimentos e desembolsará US$ 6 bilhões no ano que vem.

O valor é inferior ao previsto, em outubro, por Siani, de entre US$ 6,5 bilhões e US$ 7 bilhões.

Em 2015, os investimentos devem ser de US$ 8,2 bilhões, inferiores à meta inicial de US$ 10,2 bilhões.

A perspectiva é continuar a reduzir os investimentos até chegar a US$ 4,2 bilhões em 2020.

"Estamos preparados para enfrentar os desafios de 2016 causados pela incerteza na demanda e volatilidade nos preços de commodities", disse Ferreira.


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