Folha de S. Paulo


Perda com resgate de previdência pode ser melhor do que dívida

Apesar dos impostos elevados, resgatar o fundo de previdência pode ser melhor do que fazer uma dívida com juros médios de 64,8% ao ano no crédito pessoal. "As taxas para empréstimos são proibitivas. Portanto, em situação de emergência, talvez, tirar o valor da previdência gere menos prejuízo", diz Luiz Carlos Lemos, especialista em finanças do Mackenzie Campinas.

"De forma geral, o empréstimo vai custar mais caro. Mas é preciso fazer contas para saber qual a melhor alternativa", diz Keyton Pedreira, do site Buscaprev, que compara fundos de previdência.

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A pessoa deve verificar se terá condições de quitar as parcelas do empréstimo. "Ao passar por uma situação de desemprego ou queda na renda, o primeiro passo é reduzir o padrão de vida e diminuir despesas. Se mantiver os mesmos gastos ficará difícil se reequilibrar e, certamente, vai precisar mexer na previdência", afirma o consultor Reinaldo Domingos, especialista em educação financeira.

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DÚVIDAS COMUNS

Como funcionam os resgates no plano

> Posso resgatar o plano a qualquer momento?

Sim, mas desde que seja cumprida a carência inicial de seis meses para o primeiro resgate nos fundos novos. Após esse período, pode-se solicitar saques apenas a cada 60 dias

> Como é a tributação nos resgates?

Depende do regime tributário escolhido. Na tributação progressiva, o banco desconta 15%, depois, o contribuinte acerta o recolhimento, segundo o imposto incidente por faixa de renda, quando fizer a declaração de ajuste anual do IR. Já no regime regressivo, as alíquotas vão caindo de 35% (antes de dois anos de aplicação) até atingir 10% (após dez anos de depósito)

> É possível mudar de regime de tributação?

Não. A pessoa pode, no entanto, entrar em um outro plano com as mesmas características para destinar as novas contribuições

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