Folha de S. Paulo


Bolsa e dólar sobem em dia de baixo volume por feriado nos Estados Unidos

Andrew Magill/Flickr/Creative Commons
Dia de Ação de Graças nos EUA reduz volume financeiro nos mercados de câmbio e ações brasileiros
Dia de Ação de Graças nos EUA reduz volume financeiro nos mercados de câmbio e ações brasileiros

O mercado financeiro enfrenta uma sessão de baixos volumes nesta quinta-feira (26) devido ao feriado do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos. O dólar tinha leve alta, após ter avançado mais de 1% na véspera, enquanto na Bolsa o principal índice de ações do país subia, amparado na retomada dos papéis de bancos.

Os investidores seguem cautelosos após a prisão, na última quarta-feira (25), do líder do governo no Senado, o senador Delcídio Amaral (PT-MS), e do presidente do banco BTG Pactual, André Esteves, no âmbito da operação Lava Jato da Polícia Federal.

Às 13h15 (de Brasília), o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha valorização de 0,18%, para R$ 3,757 na venda. Já o dólar comercial, utilizado em transações de comércio exterior, avançava 0,32%, para R$ 3,761. Entre as 24 principais moedas emergentes do mundo, o dólar ganhava força sobre 20, nesta quinta-feira.

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NOTAS DE DÓLAR

O Banco Central deu continuidade nesta sessão aos seus leilões diários de swaps cambiais para estender os vencimentos de contratos que estão previstos para o mês que vem. A operação, que equivale a uma venda futura de dólares, movimentou US$ 587,3 milhões.

As novas prisões da Lava Jato levantaram dúvidas sobre aprovações de medidas consideradas essenciais para que o país volte a equilibrar as contas públicas, além de terem gerado incertezas sobre o impacto de um possível colapso do BTG sobre o mercado financeiro. O banco é um dos principais gestores e custodiantes de fundos no país e é acionista em diversas empresas.

No mercado de juros futuros, os principais contratos acompanhavam o cenário de cautela e operavam majoritariamente em alta na BM&FBovespa, às 13h15. O DI para janeiro de 2016 caía de 14,164% para 14,153%, enquanto o DI para janeiro de 2021 apontava taxa de 15,630%, ante 15,510% na sessão anterior.

O movimento dos contratos ocorre um dia após o Banco Central ter mantido inalterada a taxa básica de juros (Selic) em 14,25% ao ano. A manutenção do patamar foi defendida por seis integrantes da autoridade monetária, enquanto dois votaram a favor de aumento de 0,50 ponto percentual, no primeiro dissenso desde outubro do ano passado.

AÇÕES EM ALTA

O principal índice da Bolsa brasileira devolve parte da queda de quase 3% registrada na véspera e opera em ligeira alta nesta quinta-feira, amparado pelo bom desempenho das ações de bancos. O Ibovespa tinha valorização de 0,33% às 13h15, para 47.022 pontos. O volume financeiro girava em torno de R$ 1,3 bilhão.

Entre as ações de bancos, setor com a maior participação dentro do índice, o Itaú subia 1,32%, para R$ 28,28, enquanto o Bradesco avançava 1,27%, para R$ 22,17. Já o Banco do Brasil tinha valorização de 2,58%, para R$ 17,85. Esses papéis perderam no mínimo 3% cada um na véspera.

As ações preferenciais da Vale, mais negociadas e sem direito voto, subiam 0,68%, para R$ 11,78 cada uma. As ordinárias, com direito a voto, avançavam 0,64%, a R$ 14,15. A mineradora saiu do índice de sustentabilidade da BM&FBovespa, divulgado nesta sessão, após o rompimento de barragem da Samarco —mineradora controlada pela Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton— em Mariana (MG).

Os papéis preferenciais da Petrobras, que perderam mais de 7% na véspera, tinham ligeira baixa nesta sessão. Às 13h15, perdiam 0,25%, para R$ 7,88 cada um. Já os ordinários mostravam avanço de 0,31%, para R$ 9,69.


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