Para a Oi, que tem o governo como sócio (via BNDES e fundos de pensão de estatais), a mudança na lei de telecomunicações significa sua sobrevivência.
Presente em 26 Estados, a empresa é a maior concessionária do país e está em uma situação financeira complicada. Com uma dívida que passa de R$ 50 bilhões -boa parte vencendo no primeiro trimestre de 2016-, a Oi tem a promessa de um cheque de US$ 4 bilhões que será dado pelo fundo russo LetterOne para se tornar sócio da companhia, desde que ela se funda com a TIM.
Mas, para isso, os investidores exigem a mudança da lei porque não querem carregar o peso de uma concessão.
Como concessionária, a Oi tem, por exemplo, de instalar e conservar orelhões até na floresta amazônica, onde o serviço nem sequer é usado.
No país, a receita anual dos orelhões da Oi é de R$ 17 milhões, mas a empresa é obrigada a gastar R$ 300 milhões para cumprir essa obrigação.
E a legislação impõe multas pesadas para o descumprimento de metas como essas. No caso dos orelhões, a Oi já recebeu multa de mais de R$ 1 milhão por problemas em apenas uma região.