Folha de S. Paulo


Governo realiza leilão de energia solar e eólica para 2018

O leilão de energia de reserva promovido pelo governo federal nesta sexta-feira (13) contratou 1.477,5 megawatts em usinas eólicas e solares, a um preço médio de R$ 249 por megawatt-hora, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, que operacionalizou a licitação.

Parques eólicos, que venderam 548,2 megawatts no leilão, e usinas solares, que comercializaram 929,3 megawatts, precisam iniciar a produção em 1º de novembro de 2018.

Os empreendimentos, 53 ao todo, demandarão cerca de R$ 6,8 bilhões em investimentos para serem viabilizados, segundo a CCEE, que informou que a energia comercializada no leilão representará um giro financeiro de R$ 22,17 bilhões ao longo dos 20 anos de contrato.

Entre os vencedores, pelo lado das usinas eólicas, aparecem a EDP Renováveis, com cinco parques na Bahia, a Rio Energy, com oito usinas na mesma região, a francesa Voltalia, com uma planta no Rio Grande do Norte, e a espanhola Gestamp, com uma usina na Bahia.

Entre os empreendimentos solares, destaca-se a norte-americana SunEdison, com quatro parques na Bahia, e a Solatio e Solairedirect, com quatro usinas em Minas Gerais. A Solairedirect ainda venceu três usinas no Rio Grande do Norte.

O certame durou mais de cinco horas, após iniciar com preços teto de R$ 381 por megawatt-hora para as usinas solares e R$ 213 por megawatt-hora para os parques eólicos.

O maior preço de venda registrado pelas eólicas foi de R$ 212,39 por megawatt-hora, para uma usina denominada Delta 4, no Maranhão, enquanto o menor valor foi o registrado pela Gestamp, com R$ 178 por megawatt-hora.

Entre as solares, o preço mais alto foi de R$ 302,99 por megawatt-hora, de um parque denominado Assu, no Rio Grande do Norte, enquanto o menor foi de R$ 290 por megawatt-hora, do Consórcio Guimarinia, em Minas Gerais.

Energias renováveis aparecem como uma preocupação do governo. Na quinta (12), o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse que não há contratos que não possam ser revistos para permitir que o Brasil tenha uma geração de energia mais limpa, eficiente e barata nos próximos anos.

Em evento sobre clima em São Paulo, Braga destacou que, desde 2001, quando enfrentou apagões, o Brasil acabou contratando "energia a qualquer custo".


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