Folha de S. Paulo


Marginal Tietê é liberada por caminhoneiros em 2º dia de protestos

Pelo segundo dia seguido, caminhoneiros bloquearam faixas da marginal Tietê, em São Paulo.

De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), entre 13h e 14h (de Brasília) os manifestantes bloquearam duas faixas da pista local, no sentido rodovia Castelo Branco.

O órgão informou que não houve trânsito no local, mas lentidão próximo aos caminhões, que andavam lentamente pelas vias.

O comboio se deslocou pela rodovia dos Bandeirantes e, às 14h30 (de Brasília), seguia para o Rodoanel ocupando duas faixas da estrada paulista.

Locais bloqueados por caminhoneiros

A greve dos caminhoneiros tem no segundo dia nesta terça-feira (10) manifestações e bloqueios em rodovias de ao menos oito Estados. Eles permitem o tráfego apenas de carros, ônibus e ambulância, de acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal).

PROTESTOS

A categoria iniciou a greve nesta segunda (9) após não entrarem em acordo com o governo federal em relação às suas reivindicações. A adesão atingiu ao menos 14 Estados do país, no primeiro dia.

Greve dos caminhoneiros
Protestos bloqueiam rodovias do país
Caminhoneiros entram em greve e bloqueiam rodovias

Um dos líderes da CNT (Comando Nacional dos Transportes), movimento que lidera protestos pelo país, Ivar Schmidt, considerou positivo o resultado do primeiro dia. Ele espera que o movimento ganhe mais adesões a partir desta terça (10), mas diz que sua continuação depende do apoio da população em sua pauta principal, que é a retirada da presidente Dilma Rousseff do governo.

Entre as reivindicações secundárias, estão os pedidos de redução do preço do óleo diesel, a criação do frete mínimo (este o governo reconhece que não conseguiu atender), salário unificado em todo o país e a liberação de crédito com juros subsidiados no valor de R$ 50 mil para transportadores autônomos.

O grupo também quer ajuda federal para refinanciamento de dívidas de compra de seus veículos.

POSIÇÃO DO GOVERNO

O Planalto alega que atendeu a maior parte das reivindicações da categoria que, em abril, fez sua última paralisação do ano. O número de protestos não foi considerado "preocupante", mas a ordem é "não menosprezar" a mobilização.

Oficialmente, os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Edinho Silva (Comunicação Social), integrantes do gabinete de crise montado pelo Planalto para acompanhar a greve, foram para o embate com os manifestantes.

Segundo Cardozo, o governo vai determinar a aplicação de multa no valor de R$ 1.915 aos caminhoneiros que estão obstruindo as vias, medida que já está prevista em lei.

"Não há uma pauta de reivindicações. Não temos uma possibilidade de negociar em cima de questões que não são apresentadas. É uma pauta política, e lamentamos que seja assim", disse o ministro.


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