Folha de S. Paulo


Folhainvest responde: Fiz VGBL para meus filhos. Consigo repor a inflação?

A pergunta foi enviada pelo leitor E.M., de São Paulo (SP).

RESPOSTA DE WILLIAM EID JUNIOR, PROFESSOR DA FGV-SP - Quando falamos na melhor opção, estamos supondo o saque dos recursos. E isso implica em tributação, que depende da opção feita no momento da constituição dos VGBL.

Se a opção foi pela tabela progressiva, o imposto sobre os rendimentos acumulados pode chegar a 27,5% a depender da renda declarada, supondo que os filhos sejam seus dependentes. Se optou pela regressiva, o IR pode variar de 35%, se o VGBL for recente, a 10%, se tem mais que dez anos.

Isso posto, é fundamental fazer contas para ver se o que eventualmente você pode ganhar com a mudança não será afetado pela tributação. Você também deve analisar a mudança levando em conta a perda do benefício tributário que o VGBL tem.

Na pergunta completa, você diz que um filho estuda no Brasil e outro no exterior. Para o que estuda aqui, sua preocupação deve ser com a inflação. Aí produtos atrelados à inflação são o caminho natural, pois esses títulos rendem juros mais a variação do IPCA.

Já para o filho que estuda nos EUA, a preocupação é com a variação cambial. Aí o produto mais indicado é o fundo cambial. Compare os produtos que existem no mercado e escolha o de menor taxa de administração. Há fundos para o segmento de varejo e varejo seletivo com taxas entre 0,5% e 1%.


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