Folha de S. Paulo


Folhainvest responde: Mantenho R$ 730 mil no fundo de previdência?

A pergunta foi enviada pelo leitor F.M., de São Paulo (SP).

Resposta de Alexandre Canalini, professor da PUC-Rio e Certified Financial Planner:

Caro leitor, você faz parte de uma minoria que pensa no futuro e na estabilidade financeira. E tem três alternativas para seus recursos. A primeira é sacar e aplicar no Tesouro Direto, o que traria a redução patrimonial de 25% de tudo o que você amealhou. Entendo que não é vantajoso.

Outra opção seria sacar parte do recurso e receber 120 parcelas fixas corrigidas anualmente pelo IGP-M. Sobre o valor resgatado, pagaria IR e seria tributado a cada parcela mensal. É uma alternativa onerosa.

A terceira alternativa seria receber 120 parcelas fixas. Nesse caso, além da tributação mensal, você poderia perder poder de compra, pois não informa o reajuste por índice de preços. Desenho uma quarta linha de raciocínio. A melhor alternativa seria permanecer no fundo.

Os benefícios são: diferimento fiscal, uma vez que ao deixar os recursos aplicados você adiará a tributação; redução da alíquota de IR, pois após dez anos você será tributado em 10%; redução do impacto tributário, já que você só pagará impostos quando sacar os recursos; usar o investimento no planejamento sucessório.

Mantenha o recurso investido. Avalie a liquidez, pois planos de previdência geralmente podem ser resgatados a cada 60 dias. E analise o retorno do seu fundo.


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