Folha de S. Paulo


Petroleiros intensificam greve e pedem fim de venda de ativos da Petrobras

Os sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) iniciaram às 15h deste domingo (1) greve por tempo indeterminado em protesto contra o corte de investimentos e a venda de ativos da Petrobras.

O movimento teve início no horário de troca de turno das instalações de refino. Segundo coordenador da FUP, José Maria Rangel, a paralisação nas plataformas de produção começará às 19h, quando o turno é trocado.

Rangel disse que a ideia é reduzir a produção de petróleo e combustíveis ao máximo possível, sem suspendê-la integralmente, evitando danos ao abastecimento.

A categoria reclama que a Petrobras se recusa a discutir sua "Pauta pelo Brasil", que questiona o novo plano de negócios da estatal e a venda de ativos e propõe medidas para a empresa sair da crise.

Em comunicado, a FUP diz que "as necessidades inadiáveis da população serão garantidas pelos petroleiros ao longo de toda a greve".

A entidade reúne 13 sindicatos de trabalhadores da Petrobras.

Na quinta-feira (29), os sindicatos filiados à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), começaram sua greve, mobilizando trabalhadores de seis estados.

No sábado (31), a Petrobras enviou comunicado a seus empregados alertando para os efeitos da greve sobre a delicada situação financeira da companhia.

A empresa ressaltou, em nota, que "está disposta a discutir as cláusulas do acordo coletivo de trabalho", indicando que não vai negociar a "Pauta pelo Brasil".

Na quarta-feira (28), a estatal aumentou sua proposta de reajuste salarial, que passou de 5,73% para 8,11%.

"Em relação às mobilizações dos sindicatos em algumas unidades da companhia, a Petrobras destaca que não há prejuízos à produção ou ao abastecimento do mercado", concluiu a companhia.


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