Folha de S. Paulo


Grupo Pão de Açúcar tem prejuízo de R$ 122 milhões no 3º trimestre

Joel Silva/Folhapress
Loja do Grupo Pão de Açúcar
Bebidas a venda em loja do Grupo Pão de Açúcar

O Grupo Pão de Açúcar, maior varejista do Brasil, teve prejuízo líquido de R$ 122 milhões no terceiro trimestre, revertendo resultado positivo R$ 391 milhões obtido no mesmo período do ano passado. O resultado veio incluindo redução de 9 mil funcionários em relação ao final de junho.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado do grupo foi de R$ 677 milhões, baixa de cerca de 43% ano contra o terceiro trimestre de 2014. A margem do período caiu 3,4%, para 4,2%.

A média das estimativas de analistas compilada pela Reuters esperava lucro líquido de R$ 52 milhões no período, e Ebitda ajustado de R$ 698 milhões, com margens de lucro afetadas por uma política mais agressiva de preços e pelo aumento de despesas como energia elétrica.

A empresa já havia informado um fraco crescimento de 2,7% da receita líquida consolidada no terceiro trimestre, com queda de 22,7% das vendas da empresa de móveis e eletroeletrônicos Via Varejo e alta de 22,3% do faturamento do atacarejo Assaí.

Nesta quarta-feira (28), a Via Varejo informou ter sofrido prejuízo de R$ 46 milhões no terceiro trimestre, diante da forte baixa das vendas em suas lojas Casas Bahia e Ponto Frio com a desaceleração econômica.

Impactou no resultado do grupo no terceiro trimestre um crescimento de quase sete vezes na linha "outras despesas", de R$ 30 milhões um ano antes para R$ 200 milhões. O dado não inclui os números da unidade de comércio eletrônico Cnova, que começaram a ser consolidadas no grupo apenas em agosto do ano passado.

A empresa não dá detalhes sobre a linha "outras despesas", mas o número de funcionários consolidado caiu de 151 mil no final de junho para 142 mil no fim de setembro, segundo o balanço.

Enquanto isso, as despesas com vendas subiram 3,9% no terceiro trimestre, para R$ 2,475 bilhões. Mas as despesas gerais e administrativas caíram 1,1%, para R$ 311 milhões, também sem incluir os números da Cnova.


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